domingo, 27 de julho de 2008

Dónde está Wally? (Avalanche)

Porto Alegre (RS) - Não foi o motivo principal e nem um grande diferencial para meu retorno a Porto Alegre, mas a passagem do meu time à capital gaúcha justamente no meu último final de semana de férias me empolgou. Tanto que, para mim, a partida entre Palmeiras e Grêmio ganhava importância ainda maior do que meu reencontro com o Guaíba, no Gasômetro (reencontro que dificilmente acontecerá, humpf).

Acordei no domingo cedinho para tentar ir ao lago ou rio (até os próprios gaúchos divergem sobre essa definição), mas o barulho da chuva lá fora me fez ficar na cama por mais algumas horas. Levantei de fato pouco antes do meio-dia, e ainda tive tempo de tomar um café-com-leite e comer alguma coisa na pequena padaria de garagem que se tornou para mim o lugar mais agradável aqui em Porto Alegre (depois do Guaíba).

Em meio a uma garoa bem chata atravessei o Parque da Redenção e fui parar na Cidade Baixa, onde me encontrei com o Rafael, o paraibano que eu conheci em Buenos Aires e que mora aqui em Porto Alegre para fazer sua pós-graduação, e com quem eu já tinha visto Inter x São Paulo na quarta-feira. Já sob uma chuva bem forte, tomamos uma Polar e pegamos um ônibus rumo ao Olímpico Monumental.

Para dar vida longa ao meu celular, comprei uma capa de chuva e fiquei em uma das entradas do estádio, esperando a Elga e a Juliana. Enquanto esperava, tomei mais algumas Polares e ainda vi a chegada do time do Palmeiras. Mas não foi nem um pouco agradável ouvir o coro gremista para o ônibus alviverde: “uh, uh, uh; paulista pau no cu”. Era eu contra 36 mil, achei melhor ficar quieto.

Só falei alguma coisa quando um gremista ao meu lado comentou, todo empolgado com a recepção amigável: “A primeira vaia é a mais importante”, disse o gaúcho. Concordei sem mais, e já cortando o papo. Embora tivesse uma curiosidade enorme de falar para alguém no estádio que era paulista e, ainda por cima, palmeirense. Só que acabei indo para dentro do estádio.

Infelizmente meu ingresso era para as cadeiras atrás do gol (quando fui comprar, não havia mais entradas para as arquibancadas), e não pude ficar no meio da torcida gremista. Uma pena, porque a festa gaúcha era bem bonita na geral atrás do gol (o único ponto não-morto do Olímpico). Seja lá como for, acabei adotando de vez o Grêmio como meu xodó em Porto Alegre (confesso que antes eu ainda gostava um pouco mais do Inter).

O jogo começou e eu, baixinho, às vezes deixava escapar um “Palmeeeiras” inaudível para os 36 mil gremistas no estádio. Sinto que as pessoas ao meu redor desconfiavam do fato de eu não bater palma depois de um lance de perigo do clube porto-alegrense ou xingar o ex-gremista e hoje palmeirense Diego Souza, mas... não me importei. E o primeiro tempo terminou empatado sem gols, apesar das duas bolas na trave do Grêmio.

A segunda etapa começou e, com ela, o Palmeiras esboçou uma melhora – apesar do brejo que tinha se tornado o gramado do Monumental. Até que, aos 17 minutos, o juiz marcou um pênalti para a equipe visitante. Enquanto toda a torcida xingava o apitador, eu quase vibrava.

Aí o Alex “Caju-Castanha” Mineiro cobrou o pênalti e marcou o primeiro gol para o Palmeiras. Já que estava no Olímpico, estádio que vê a torcida gremista comemorar seus gols simulando uma avalanche nas arquibancadas, esbocei a Avalanche Verde. Por falta de mobilidade nas cadeiras e por motivos lógicos de segurança pessoal, minha avalanche foi apenas uma descida de degrau. Mas consegui cumprir minha promessa.

Só que quatro minutos depois o Grêmio empatou e eu fiquei com cara de mate queimado. Ainda mais quando o tiozinho ao meu lado, com quem conversei sobre os estilos táticos do Celso Roth, quis me dar um abraço comemorando o gol do time da casa. Dei um tapinha nas costas, meio sem graça. E sem graça ficou o jogo até o final.

O empate por 1 a 1 entre Palmeiras e Grêmio acabou sendo meu auge na minha segunda passagem por Porto Alegre, e o meu primeiro jogo de futebol fora do Estado de São Paulo. E muito mais interessante do que nos estádios paulistas, dada a enorme oferta de belíssimas gaúchas nas dependências do estádio. Ah... !

3 comentários:

LF disse...

queria ter visto a tua avalanche.

Anônimo disse...

Hahahaha, Alex "Caju-Castanha" Mineiro foi sensacional!

Bonie disse...

¬¬

Já comentei que eu odeio futebol?

Ah, é, vc sabe =P
Por isso que eu não vou comentar nada! haha