quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Momento celebridade

Redescobrindo Maria Esther Bueno
Thiago Tanji, aluno do 1º ano de Jornalismo

4/12/2009 - Projeto 14

A vida de Maria Esther Bueno, considerada a maior tenista brasileira de todos os tempos, foi o tema do livro-reportagem Maria Bueno – A mulher que colocou o tênis brasileiro no mapa, do aluno Felipe Held.

O livro foi avaliado pelos professores da Cásper Líbero, Cláudio Arantes e Gilberto Maringoni, e Odir Cunha, jornalista que já editou cinco revistas especializadas em tênis.

A ex-tenista, que hoje tem 70 anos, recusou-se a dar entrevistas para o aluno, o que dificultou a elaboração do projeto experimental. Além disso, havia poucas fontes vivas para consultar sobre as conquistas de Maria Esther, ocorridas nas décadas de 50 e 60.

Held consultou pessoas ligadas à vida da atleta, além de fazer uma extensa pesquisa em jornais e outros arquivos da época. Ele conseguiu, inclusive, um vídeo raro que continha dois jogos de Maria Esther Bueno, sendo um deles a final do Torneio de Wimbledon, em 1959.

“É um tema relevante, mas pouco explorado pela mídia”, disse Odir. “A pesquisa foi muito bem feita, com dados novos e extensa checagem das informações”, completou.

Cláudio Arantes impressionou-se que o aluno “tenha feito um trabalho de tamanha qualidade sozinho” e acrescentou: “Estamos diante de um jornalista completo”. Sua única ressalva foi a quantidade de detalhes da obra, que poderia ser enxugada em caso de publicação.

O professor Gilberto Maringoni também parabenizou o esforço de Held: “Eu não tinha ideia da dificuldade de conversar com a Maria Esther, mas você conseguiu superar isso. O livro está magistralmente bem escrito e é uma lição de jornalismo”.

Após todo o reconhecimento pela qualidade do texto, a banca deu nota máxima ao trabalho. Contando com a nota de qualificação do meio do ano, a média final foi 9,5.

* cópia descarada de http://www.facasper.com.br/jo/notas.php?id_nota=1145

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Daqueles que jornalizam

A exigência do diploma de jornalista caiu, qualquer um pode ser jornalista. Até o Chaves já foi jornalista. Não daqueles que jornalizam, mas vendedor jornaleteiro.

Eu também poderia ser considerado um jornalista. Trabalho há três anos em veículos de comunicação, no ramo de esportes. Mas o fato de estar matriculado (freqüentar é um termo muito relativo) em uma faculdade de jornalismo tornava questão de honra pegar o diploma que não vale mais.

Com as notas do quarto ano praticamente fechadas, restava apenas um desafio: apresentar o Único Trabalho Sério da Faculdade (vulgo TCC). Tudo já estava pronto desde o comecinho de outubro, revisado, re-revisado e re-re-revisado. E encostado na minha prateleira, sem ser aberto desde então – um erro de digitação qualquer me causaria um transtorno relativamente grande.

Depois de desencontros e outros problemas, a banca foi agendada para 4 de dezembro, exatamente dez anos após a morte da minha avó. Dia de sorteio dos grupos da Copa do Mundo. Sexta-feira. Um dia caótico, temperado por uma fina garoa que dominou o dia desde a hora em que eu havia acordado.

Mas fui lá apresentar. Peguei um ônibus na Eusébio Matoso, não peguei trânsito algum na subida da Rebouças e cheguei à Paulista. Obviamente, desci do coletivo na Consolação e fui a pé até meu destino – cheguei ao destino final, a Unigazeta, antes do próprio ônibus, com quase uma hora de antecedência.

A apresentação... bom, não cabe contar aqui o que se passou em 1h30 de falatório. Mas a nota de 8,5, com a qual eu já me contentaria e daria enormes saltos de alegria, foi acrescida de 1,5 na avaliação final da banca. Há dias em que a gente dá uma sorte do cão!