sábado, 31 de maio de 2008

Onde está Wally? – parte 5 (Outono em Porto Alegre)

Porto Alegre (RS) - Não sei como, mas a moça da recepção conseguiu fazer uma gambiarra ligando a torneira da pia, regulando os registros quente (que na verdade era frio) e frio (que posteriormente descobri ser o quente) e fazendo sair a mágica da água quentinha para o meu banho. Sobre como foi meu banho no hotel, o Mario Prata explicou tudo nesta crônica.

Fui dar uma volta pelo quarteirão novamente para tomar um café e encontrei um carro com um adesivo ‘Bronzauto’. Na hora tentei mandar uma mensagem para o Bronzatto, com a imagem anexa e o texto “Bah, mas até em Porto Alegre tu me persegues”, mas lembrei que não sabia de cor o número dele e não consegui. Droga.

Pouco depois encontrei a juuuliana, que foi de fato me apresentar a capital gaúcha. Percebi que apenas na Avenida Independência os ônibus eram pequenos (conhecidos aqui como lotação, assim como em São Paulo). Sim, aqui em Porto Alegre há ônibus quase normais, mas com roletas em vez de catracas.

Passamos a tarde na beira do gasômetro, onde havia um ‘hippie de Cristo’ – como ele mesmo se identificou. Passamos pelo centro velho, andamos de metrô (que na verdade é trem), fomos à geladíssima São Leopoldo, cidade onde se encontra a gigantesca Universidade do Vale do Rio dos Sinos (a famosa Unisinos).

Nunca senti tanto frio como em São Leopoldo. Apesar dos vários casacos, do corpo encolhido, da barba e do cabelo grandes, putz, como fez frio. De volta a Porto Alegre, saímos para jantar em uma lancheria com hambúrgueres gigantes (que aqui no Sul são de tamanho normal, enquanto os de São Paulo são apenas um aperitivo).

Merece destaque aqui a conversa que tivemos a caminho da tal da lancheria (não, aqui não há lanchonetes), assim que vi uma loja com um toldo onde se lia 'Fruteira':

Eu: Fruteira aqui é loja de frutas?
Juuu: É, loja de frutas.
Eu: Humm, em São Paulo é quitanda.
Juuu: Quitanda?
Eu: É.
(...)
Eu: E mandioca, como que é aqui no Sul?
Juuu: Aipim.
Eu: Ah, verdade, que nem na música do Mamonas.
(cinco minutos para tentarmos lembrar que aipim aparecia em Chopis Centi)
Juuu: Bah, pega o cardápio ali naquela mesa.
Eu: O quê?
Juuu: Cardápio.
Eu: Ah, isso aqui se chama cardápio no Sul? Nossa!
Juuu: Sim, cardápio. Como é em São Paulo?
Eu: Cardápio, hahaha.
Juuu: Besta.

De madrugada, ainda fomos tomar vinho em um dos pontos alternativos/de garagem aqui em Porto Alegre. Aqui, vinho mesmo é vinho tinto seco. Suave, aqueles docinhos e delícia que a gente toma em São Paulo, é coisa pra criança aqui. Humpf.

Bom, o dia aqui não está tão frio hoje. Talvez esteja uns 10 graus lá fora e, infelizmente, não geou como dizia a previsão do tempo.

Vou tomar café da manhã/almoçar. Hoje, acho que ainda vou a um churrasco tipicamente gaúcho e, se tudo der certo, aprendo na prática como funciona um chimarrão. Onde está Wally? retorna em breve, eu acho. Bah!

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