sábado, 26 de abril de 2008

Frases esparsas de aniversário

Não suporto dar parabéns às pessoas de um modo geral. Não consigo fugir do senso-comum de oferecer tudo de bom, felicidades e todas essas coisas de praxe. É sempre a mesma coisa, e muitas vezes se diz isso apenas da boca para fora.

Até que terça-feira passada comemorei 20 anos. Para evitar receber várias frases feitas de pessoas que sequer lembram da minha existência nos demais dias do ano, retirei a data do meu aniversário do meu perfil do Orkut – atitude que eu já planejava, mas foi motivada ainda mais após ler este texto do André.

A experiência deu certo, e pude ver algumas das pessoas que realmente se lembraram do meu aniversário e, como não têm um contato diário comigo, acabaram me deixando um recado verdadeiro. Mesmo recebendo alguns dos clichês por ali, eximi as pessoas de qualquer crítica: elas realmente se lembraram do meu aniversário. Demais!

Alguns amigos mais próximos não me deixaram recados no Orkut, mas me desejaram parabéns pessoalmente. Outros até me escreveram algumas coisas bacanas, que tiveram um valor bem grande para mim.

Abaixo, as melhores palavras para se receber em um momento de transição, que marca o fim da segunda década de vida e o início da terceira.

“Para que o Cavaleiro com Solitária seja menos solitário”, desejou o Mané, na dedicatória do livro que me deu de presente.

“A voz das palavras mudas, enfim, só pode ser ouvida por aqueles que se deixam ser tocados”, filosofou o Bronzatto, também em dedicatória do livro que me deu de presente.

“Sei que você tem um coração enorme e desejo de todo o meu coração que você seja feliz. Sou capaz de dar a volta ao mundo por um amigo como você”, me surpreendeu a Pri, em carta recebida em companhia de um livro que me deu de presente (foi um aniversário abastado de livros, uma economia e tanto!).

“Parabéns, seu sumido”, disse a Sílvia, uma das minhas maiores paixões dos últimos 20 anos (já citada aqui e aqui), que se lembrou do meu aniversário mesmo sem a gente se falar diariamente (ou mensalmente, até) desde a metade do terceiro colegial.

“Tô longe, mas tô contigo sempre”, destacou o Caio Mamão, amigo há mais de 13 anos, mas que há três mora na Espanha.

E, por fim, duas bem simples, porém as mais profundas por alguns motivos óbvios e outros nem tanto.

“Na sua listinha, faltou acrescentar ‘ser o melhor amigo da minha mãe’”, contou a minha mãe.

“Feliz aniversário”, disse o meu pai, com um sorriso entre o bigode e um abraço para me dar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Top 1 na lista dos posts mais emocionantes e inspirados das últimas semanas.

E parabéns, de novo, meu velho! Espero que você ganhe uma baita derrota para a gloriosa Ponte Preta hoje, hehehehe.

;)

Carolina Maria, a Canossa disse...

É impressão minha ou você só ganhou livros de aniversário?