sábado, 7 de outubro de 2006

Os clichês de sempre. E o clichê às avessas.

Vai parecer apelação, e não deixará de ser. Só que em vão, claro [clichê #1], assim como tudo o que é escrito ultimamente. Se as palavras mudassem o mundo, o dicionário seria a Bíblia Sagrada. Ou coisas assim, se quer saber. A verdade é que não mudam, e são poucas - pouquíssimas - as coisas que o conseguem. O que é, não vem ao caso. Não vem ao caso porque eu nem sei direito o que é, além de isso ser subjetivo ao quadrado.

O que acontece é que, poxa, são sempre as mesmas coisas. Momentos contentes, momentos fabulosos... e, do nada, momentos tempestu-osos [clichê #2]. Nos últimos dois dias [tem ligação sim com o fato de que foram dois dias de imaginações, confirmações imaginárias das imaginações e coisas a mais. Coisas bestas, claro], tudo parecia fenomenal. Sei lá, o ano já estava com cara de final de ano; e isso é tão bom! Porque o final do ano é a melhor fase de tudo. Desde pequeno eu gosto disso, do jeito abafado e de ventos suaves que acontecem nas manhãs de outubro, novembro e dezembro... E acho que eu sempre vou gostar, se quer saber. Pois bem. Tudo tava legal, até a vida pneumotoraxiana se mostrou algo aproveitável nesse mundo e tal. Pelo menos me deu auto-estima, se é que isso é possível.

Além disso, os e-mails mais vantajosos para uma vida profissional. Segunda. Segunda, segunda, segunda. Segunda vai ser o dia da segunda fase. Segunda.

Coisas boas, coisas ruins. Tava pensando em tirar o feriado pra flanar a nostalgia. Sei lá, ir ao zoológico sozinho, ir aonde eu quiser, ver o que eu quiser e por quanto tempo eu quiser. O meu maior trauma de criança era ir lá e não ver o lobo-guará. Aquele filho da puta sempre dormia. Agora eu vou, e não saio de lá enquanto aquele arrombado não der as caras. Dito. Só que eu não sei quando vou; não sei nem SE vou. Ah, essa vida corrida... !


E aí, não demora muito, uma porrada de besteiras que enchem o saco mesmo. Sexta-feira chuvosa, que não deixa o futebol e a cerveja acontecerem. Sexta-feira à noite, quando as pessoas ficam nas cadeiras das plataformas dos metrôs com seus pares românticos. Todos tinham seu par, até o japonês panaca que sofria bullying na escola. Todos. Eu tinha meu livro. Bela companhia, porque me trás cultura, melhora minha escrita, aguça minha imaginação... pff! [clichê #3]

Não só isso. Há coisas em todo esse meio, se quer saber. Talvez porque o segredo está em observar tudo, tudo o que acontece à volta. Tudo. E isso faz com que tudo fique previsível, até o modo de falar. Eu tenho certeza, bem como tenho a certeza de que não me enganei. 'Em relação a isso, acho que nunca me enganei. Só uma vez, quando achei estar enganado' [clichê #4]. Pff. Pff!

Mas tudo tem um lado bom, né? [clichê #5]. Assim como dizem praqueles viciados inveterados, que passam o dia em frente ao caça-níqueis e não ganha um puto sequer. "Azar no jogo, sorte no amor", né? [clichê #6]

Quanto a isso, nenhum problema.

Quer saber, vou começar a fazer uma fezinha no carteado. Porque só sai manilha na minha mão. Até no escuro, o coração e a arvorezinha caem aqui. Sorte no jogo. Muita sorte no jogo. Muita, muita, muita sorte no jogo. O certo é apostar algumas pratas nisso tudo. Pra eu ganhar a vida nisso sem precisar trabalhar. Aí eu aprendo a beber, deixo o cabelo crescer, aprendo a fumar e deixo a barba desgrenhar. Escrevo, jogo, ganho, sobrevivo. Sorte no jogo! [às avessas]

God, you've got a strange sense of humor!
[clichê #7, pra terminar com estilo. Estiiiilo!]

Um comentário:

Sheyla disse...

"Ah, essa vida corrida... !" deveria ter diso o clichê de número 3.

Se foi de propósito, tudo bem. Se não, essa você deixou passar, meu caro!

=*