quarta-feira, 17 de setembro de 2008

De olhos abertos

Humm... ah, tá bom, vai, eu admito que tenho minhas excentricidades. Esquisitices, em bom português. Mas quem não as tem, não é mesmo?

E uma dessas minhas manias relativamente estranhas é a de gostar de observar (ainda que por breve instantes) durante o beijo as (não muitas, vai) garotas com quem eu já saí. E tudo começou nos primeiros anos desta década, com meu primeiro beijo. Pois é.

Tinha uma curiosidade enorme para saber como era dar um beijo em uma garota, até que o fatídico dia chegou. Era... era bem diferente do que eu pensava, e demorei alguns segundos para pegar o jeito da coisa. Até achei que o mundo chegou a parar naquele momento, e acabei sendo forçado a... sim, abrir os olhos.

E a visão que eu tive era a de uma garota – bem bonitinha, por sinal – completamente entregue a mim. De olhos fechados, inteiramente... minha, pelo menos naqueles instantes. Gostei do que vi, e passei a sempre abrir os olhos vez ou outra para observá-la.

Uma vez contei esse meu hábito para um grande amigo, que logo me censurou. “Eu já tinha percebido isso em você, cara, sabia? E, pra te falar a verdade, não é muito legal. Você pensa muito todos os momentos, tenta relaxar pelo menos uma vez na vida. Fecha os olhos, sente mais a menina e tal”.

Segui mais ou menos o conselho desse meu amigo, mas não consegui me livrar dessa mania que... ok, não é muito interessante. Médio, vai. Por causa disso, já cheguei a não dar cabo a um relacionamento que talvez me renderia algumas semanas interessantes. Mas já tive também experiências... ahn, legais.

Tudo isso graças a algo vivido há um tempo não lá muito distante. Envolvido com a garota que estava comigo, decidi abrir os olhos pela primeira vez enquanto a beijava... e, para minha surpresa, ela estava justamente me olhando. “Peraí, como assim?”, perguntei. “Hihi, tava te olhando. Tão bonitinho”, ela desconversou. “Mas peraí você! Por que você iria me olhar também?”, ela emendou. Coramos, voltamos ao beijo... e sempre que nossos olhares se cruzavam, ríamos.

Pouco tempo depois, ela me confessou: “Sabe? Gosto de te dar um beijo dos nossos, abrir os olhos e olhar você me olhando. Dá friozinho na barriga e tudo mais”. Quase fiquei sem palavras, mas consegui responder na seqüência: “E eu gosto de dar um beijo dos nossos, abrir os olhos e ver você com os olhinhos fechados. Gosto de ver você abrindo os olhos pouco a pouco e dando um sorriso enorme. E gosto de ter um friozinho na barriga ao te olhar, ao te abraçar, ao te tocar, ao te beijar”.

A resposta dela? Simples: “Ai, meu amor! Você me tira as palavras, a respiração, aumenta minhas expectativas... e me faz tão feliz!”.

Sei que tenho minhas excentricidades, mas... ah, gosto delas. E com o tempo aprendi a lidar com todas essas minhas esquisitices também. Coisas da vida.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ah, essa nem é uma esquisitice, vai! Somos 2!

paula r. disse...

eu faço isso vez ou outra, mas não é bom ficar espalhando esse tipo de informação, rs.

*um brinde às piadas internas.