terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Mudanças drásticas

Segunda-feira foi o último dia de trote na faculdade e hoje, terça, representou a volta ao normal no quinto andar daquele prédio feio na Paulista. Isso significa que toda aquela ceninha de ‘eu sou o veterano mau que pega as bixetezinhas pra fazer mingau’ seria deixada de lado e o mundo retornaria aos seus eixos (para mais detalhes do que um veterano mau pode fazer conheça as bixetes Saci e a Racismo Não, minhas principais obras de arte da temporada) .

Mas primeiros dias de aula são sempre iguais. E hoje, durante uma das minhas divagações aleatórias durante as aulas acadêmicas, acabei me lembrando de dois primeiros dias de aula em um passado não muito distante.

Mudei de colégio da quarta para a quinta série. No meu primeiro dia na nova escola, não por acaso me senti extremamente estranho ao adentrar uma sala cheia de pessoas desconhecidas. Calado, escolhi um lugar e não falei um A sequer até que o sinal batesse me libertando para voltar para casa.

Aquele dia de fevereiro de 1999 foi bastante esquisito e, sinceramente, bem ruim. Não é nada agradável ser aluno novo. Se grande parte das minhas amizades haviam sido construídas até então de forma natural ao longo da vida, iniciar uma vida nova é complicado. Bastante. Era como se algo estivesse faltando na minha vida.

Não muito tempo depois, em um tempo que eu já estava enturmado e tudo mais, novamente me vi diante de uma situação esquisita. Embora não tivesse mudado de instituição de ensino, havia caído em uma sala com praticamente os mesmos alunos do ano anterior, salvo duas exceções: coincidentemente, meus dois melhores amigos – que, embora estivessem matriculados, não estavam lá.

Não foi um primeiro dia tão parecido como aquele da quinta série. Já conhecia muita gente da sala e, desta forma, não precisei ficar tão calado como antes. Contudo, foi muito estranho – foi quando aquele clichê (de bastante efeito) de ‘tão perto mas tão distante’ fez algum sentido para mim.

Se aquele dia inaugural em 1999 tinha sido complicado, o outro havia sido bem mais. Não era como se alguma coisa estivesse faltando, mas sim como se muita coisa estivesse faltando.

A explicação para tudo isso é simples: tudo culpa minha, uma pessoa que insiste em seguir um modelo ultrapassado e antiquado de criar melhores amizades.

2 comentários:

Anônimo disse...

Casperiano?

Eu tenho traumas de primeiros dias de aula...
Mas nada supera o trauma do primeiro dia de trote na Cásper! rsrs
Ótimo texto, parabéns.

Beijos

Anônimo disse...

hahahaahahahah
mandioca com gosto de fanta?
Eles conseguiram piorar? Oh não!

Bem, a parte da saudade da comida do Monet foi só para dar mais dramaticidade ao texto! Admito. rs

Beijos