domingo, 10 de fevereiro de 2008

Cultura do café

Não foram milhões, milhares, centenas ou sequer dezenas de pedidos – foram apenas dois, de Júlio Simões e Mané, mas a saga Starbucks continua. Acontece que me empolguei um pouco no anterior e apenas o dividi em dois, para não fazer com que meus três ou quatro fiéis leitores (também te amo, mãe!) se cansassem.

Pois bem: depois de deixar alguns muitos preciosos trocados na Starbucks do cruzamento da alamedas Santos x Campinas, houve um dia em que tomei café de graça por lá. Eu explico como.

Dia desses, após atravessar a cidade, pegar metrô, trem e caminhar um bom bocado para resolver alguns problemas extremamente burocráticos que não vêm ao caso agora (um dia, talvez...), cheguei à Paulista duas horas antes de o meu expediente no trabalho começar. Entre ficar andando que nem uma barata tonta pela região ou me preparar fisicamente para o trabalho, optei pela segunda alternativa e fui encher a cara de café.

Após comprar a minha dose de café moído na hora, me sentei em uma das poltronas e fiquei jogando boliche no telefone celular até que um dos funcionários convidou a todos os presentes no estabelecimento (um casal de amigos e eu) a participar da degustação de café que iria começar. É claro que eu não recusaria cafeína de graça.

Então uma outra funcionária, visivelmente insegura, começou a explicar as maravilhas do café tipo Verona, originário da Ásia Pacífica (próxima ao Pacífico, dã!) e muito famoso na Itália, claro. Um café de gosto mais textura suave e gosto refinado, coisa e tal.

A moça também explicou outra coisa importantíssima para degustadores de café: os grãos de café produzem um óleo que incrementa o sabor da bebida, mas os filtros de café captam todo esse óleo – o ideal mesmo é usar uma prensa francesa, que era vendida lá mesmo. Além disso, aprendi lá que o café tem quatro inimigos: oxigênio, luz, umidade e calor. Interessante.

Depois de muita explicação começou a degustação propriamente dita. Mas, antes de nos esbaldarmos com o café Verona, um pedido: que sentíssemos o aroma do café. Como? Fazendo uma concha com a mão sobre o copo e cheirando a. fumacinha. Enquanto fazíamos isso, tive a sensação de que, se alguém chegasse de fora, imaginaria que estávamos baforando alguma droga. Falando em droga, o outro cara da degustação disse que sentiu cheiro de ervas no café. Café, sei.

A moça ensinou também outra coisa: deveríamos sorver o café. E como fazia isso? Resposta: fazendo biquinho e puxando o café fazendo barulhinho de sopa. “É chique, ó”, disse, antes de fazer aquele barulho tosco que certamente me renderia no mínimo um olhar maternal de plena censura se fosse feito em público.

O café servido, contudo, não estava adoçado. Não precisava, segundo a palestrante: todo tipo de café combina com um alimento. Aquele, por exemplo, combinava com chocolate. Deveríamos comer um pouco de chocolate (servido de graça, claro) e então tomar o café. Fiz isso e senti um dos melhores gostos possíveis.

Confesso que, então, passei a me sentir um expert da cafeína. Já tinha ouvido no rádio uma entrevista sensacional na Jovem Pan sobre café e aprendi que o hábito humano de tomar café começou há muito, mas muito tempo, quando uns pastores perceberam que as ovelhas comiam um frutinho amargo e ficavam ligadonas durante a noite inteira. Também aprendi que, inicialmente, o café não era torrado e moído, mas feito de sob a forma de infusão, como chá. Fora várias outras coisas. Agora, tinha participado de uma degustação de café e consumido na Starbucks de graça.

Agora a parte de serviços deste blog: quem também quiser tomar café de graça na Starbucks, basta conferir nas lojas os horários em que as sessões de degustação rolam na franquia. Na da Alameda Santos, há duas sessões por dia: às 11 horas (mas que na verdade começa ao meio-dia) e às 18 horas.

2 comentários:

Anônimo disse...

Hm, bom saber. Essa sessão das 18h deve ter alguns casperianos ilustres todos os dias.

Anônimo disse...

Olá....Muito boa a sua cultura em relação ao café.Sou e sp serei assídua frequentadora do blog.Amo vc de paixão....Quando desfrutamos de coisas que até podemos pagar,parece que o sabor realça(no caso....o café de degustação)