terça-feira, 18 de julho de 2006

Picles Spreewald

Uma coisa que motiva tanto, tantas coisas que desmotivam um bocado. Mas pelo menos, no balanço entre os dois lados, hoje até que foi legal.

É legal ficar até 5 da manhã conversando com sua melhor amiga. E é legal ir dormir às 5 da manhã ouvindo rádio AM, porque sempre dá sono. Só não é legal acordar às 11h com um puta susto porque seu celular tá apitando que nem um desgraçado. Assim como não é legal olhar o número que aparece na telinha e não saber de onde surgiu. Só que é tão legal quando é uma voz de mulher do outro lado, ela se anuncia como responsável por uma empresa que você nem sabia que existia, mas que quer fazer uma entrevista com você. A primeira entrevista de emprego. O primeiro estágio. A primeira vez que eu vou sair de casa com sapato e não vai ser pra ir num casamento ou formatura. O único pesar é que... os únicos, vai, são que aparecer lá de mochila pega mal, então nada de músicas ou livros. Nada dos Irmãos, nada de Capotes. Serão dois ônibus só olhando o trânsito... ou alguma coisa ridícula que - com certeza - acontece nos coletivos.

Nem sei quando, quanto e quanto tempo. Mas é melhor do que nada, né? Dá pra começar a juntar rumo a 2010! Soooonha!

Tem muitas outras coisas que não são legais. Ensaiar quando não tem vontade. Ensaiar com pessoas que não têm vontade. E tocar músicas que você tem uma vontade absurda de tocar, mas tá todo mundo tão desmotivado que ela vira a pior música do set list. Nem se dão ao trabalho de tocá-la inteira. "Próxima".

Próxima!

A próxima coisa é você perceber que a cerveja perdeu a graça em dados momentos. Tão legal era quando você, do nada, ia tomar uma cerveja gelada com um amigo. Nem que fosse um copo, uma garrafa ou meia lata, o momento era especialíssimo. Agora, parece que a cerveja só é legal nos bares. Botecos, vai, porque o que tem de gente que chama balada de bar... Puta merda! Mas [800 mas num post, nem ligo!] aí a gente lembra... aquela{s} no bar, enquanto seu amigo fazia um show, numa caneca de vidro, espumante e tudo mais; tarde da noite [porque naquela época de primeiro colegial, sair à noite e voltar pra casa às 23h era tardissíssimo] e tendo aula no dia seguinte. Perfeita! Também tem aquela que aconteceu num dos últimos dias de aula do segundo colegial: um calor absurdo, uma semana cansativa ao quadrado, uma sede maior ainda, a última semana de aula, o boteco atrás da escola e uma garrafa de cerveja pra dois amigos. Fenomenal! Ah, e seria maldade não lembrar daquela no ano passado: na virada pro seu aniversário {embora ninguém estivesse pensando nisso, só você que olhava no relógio, contava os minutos e se parabenizou quando o 23:59:59 virou 00:00:00}, no estacionamento de um supermecado que você nem tem idéia de onde era; mas estava de carona no carro, com amigos engraçados, com um papo mais engraçado ainda... e meia latinha de cerveja foi divertidíssima! Ou então aquela lá. Aquela enquanto você via, na casa do seu melhor amigo, que o Émerson tinha sido cortado da Copa do Mundo de 2002. A casa vazia, você no alto dos seus 14 anos e preparadíssimo pra enveredar pro mundo do crime. E meia latinha de Kaiser te deixaria mais vermelho do que um pimentão. Mas ela foi a mais emocionante, porque era a primeira, porque o momento era demais, porque a semana tinha sido perfeita, porque a amizade não acabaria nunca. Mas algumas coisas PODEM SIM ser modificadas. Mas a tal da Inês já esticou as canelas há muito tempo.

Próxima!

Não é legal tomar uma cerveja tendo só um tomate no estômago. E não é legal tomar uma cerveja gelada se a sua garganta tá doendo mais do que sei lá o quê. Não que eu tenha passado mal, nunca!, mas ela nem foi legalzinha.

Vaaaai, a próxima!

Legal, você tem um parente. Que raiva que me deu! Até tinha esquecido, mas que deu raiva, deu. O cara vem todo empolado {apesar de ser um imbecil logo de cara} querer saber se é seu parente. Mesmo sobrenome maluco na mesma cidade grande cheia de milhões de pessoas. Mas não custa nada perguntar. Dá o nome do pai, o nome da mãe, do avô... só faltou dar o nome do cachorro! Dei uma resposta pragmática, até fui educado e lancei um se formos parentes de verdade, vamos marcar de nos conhecermos e tal, poxa! O nome de software me soou familiar, fui apurar melhor. E confirmei, o assassino da Flor de Lácio era meu primo. Sei lá, quarto grau. Mas é, né? Logo depois de eu ter feito a fenomenal descoberta, lá estava mais uma mensagem dele, dessa vez confirmando o parentesco. "Confirmado, sou seu parente! - {ele foi no Ratinho? Do jeito que ele falou, parecia que passamos 20 anos sem saber se éramos ou não da mesma família. Meio novela mexicana, né?} Mas o pior não foi nem isso, mas o que veio depois... bom, se ele correu atrás, é porque queria ser meu parente. Sei lá, e parentes conversam [pelo menos é isso o que eu penso, já que nunca fui de ter lá muitos parentes], são mais ou menos amigos. Se ele procurou ter certeza do parentesco, sei lá... queria virar meu amigo, né? Só que o Avast terminou bem assim o recado: "Beleza, falou. Abraço". Porra, você quer ser meu parente ou contar pra todo mundo que tem 7, e não 6 primos? Ah, tomar no cu, viu!?

A seguinte!

Internet Banking bloqueado, garganta doendo, quarto na maior zona do Universo, um monte de livros que você quer ler e não pôde porque tem que ler outros pro ensino acadêmico - mas não os leu porque queria ler os outros. Necessidade de financiar o perigo e permutar a sujeira do mundo transitivo. Vergonha e preguiça pra tudo isso. Sem criatividade pra escrever, pensar num título legal...

A próxima! E é a última chance!

Ficar um dia inteiro sem falar com a sua melhor amiga é ruim. Muito ruim.
{oh, finalmente uma queixa que tem fundamento!}

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