quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Caution! Police line, you better not cross

Is it the cop¹ or am I the one that's really dangerous?


É, até que são algumas coisas que vêm me fazendo pensar isso. Talvez eu realmente seja o perigoso de verdade. Não por intenção, mas por maioria de votos, sabe? O que eu não entendo é simplesmente algo do tipo "como eu vou ser o perigoso se eu só sei dormir até começar Chaves, não fazer nada até umas 18h, ir atrasado pra faculdade, passar 3 horas e meia pensando na vida [porque as aulas enchem o saco. 'Pra gente fazer aquilo que gosta, tem que agüentar 8 aulas que você odeia'], voltar pra casa, ver Pantera Cor-de-rosa, o Gato Félix e depois dormir. Dormir encolhido, virado pro lado e até muito tarde". Que há de perigo nisso?

Mas é que tanta coisa me faz achar isso. É bem capaz que não seja eu, mas meu heterônimo. Ou minha segunda personalidade, meu eu-lírico. Ou não, é tudo uma putaria maluca, um oceano de sorte não muito boa [se preferem que eu não seja pessimista] e tudo mais.

Porque todo trabalho em que eu me meto, acabo com o negócio. Primeiro a agência de comunicação sem sintonia nenhuma. Fui contratado, comecei... e logo no meu primeiro dia a empresa entra em crise financeira e tem que me demitir². Depois, o site de esportes, o site que não tinha futuro porque nem presente rolava lá. Escreveria de graça, então não teria problemas de levá-lo à falência. Publiquei um texto, dois, três... e, de uma hora pra outra, o site fecha. Uh!

Tá, deixemos a questão profissional de lado, vamos às amizades.

Até hoje eu ainda olho na caixinha do correio quando chego em casa. Mês passado, eu ia duas ou três vezes por dia empurrar a portinhola do número 13 [sugestivo, não?] para ver se a carta tinha chegado. Não chegou naquela sexta, nem na outra, na outra, na outra... e já nem sei quantas sextas-feiras, sábados, domingos, segundas ou semanas inteiras já se passaram e eu não recebi nem um telegrama bem simples: vsf, fdp. Nem custa caro, poxa! E pensar que eu escolhi o preço mais caro porque a porcentagem de entrega era maior. Poderia ter jogado 1¢ no balcão em troca de uma Carta Social que daria na mesma!

Foram tantas experiências novas por que passei [ficou feio isso, né?]... fiz um monte de coisas que nunca havia feito, pensava numa série de coisas para nunca deixar a amizade morrer... e qual o retorno? O retorno é o concreto e consistente nada. A razão? Talvez eu seja um crápula no último ano da idade do futebol olímpico³ que gasta seu tempo por aí fazendo nada, enchendo a cara [?] e tendo lembranças. Quem sabe eu não seja? Quem sabe eu não estava certo aquele dia, na estação de trem? É, eu estava certo... Não, nem vou te mostrar esse som. Você vai deixar de ser minha amiga. BINGO! Sabe, eu até sinto sua falta, por menos que a gente tenha convivido. Tenho vontade de falar com você, de te contar uma série de coisas... Você não sabe o acervo de histórias que você tá perdendo...! Mas eu te entendo, talvez eu seja MESMO um really dangerous.

Não sou você, mas também você. Mas não entendo o segundo você.
{e é bom que ninguém [nem eu mesmo daqui uma semana] vai entender}



O legal é que, neste mesmo tópico, eu não sou tão perigoso assim. Era a segunda opção que vem sendo a única. Agora sim eu entendi quando você [o primeiro] disse que era pra ter umas opções. Como você [o primeiro, que era a primeira opção] nem você [o segundo, que era a terceira opção] deram certo... Mas é engraçado. Muito, muito engraçado.

Puts, que piração! Desencana, nem rola mais escrever. Aí até eu vou ter medo de mim se reler isso.
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1: Cop, do Português "Corre, mano, olha os cópi aí!"
2: Pilantragens à parte por conta da parte empregadora
3: Seria muito simples escrever 23, ficaria muito na cara

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