Por pura preguiça, não quero fazer textos novos por enquanto. Então, pra deixar isso aqui rodando, vai alguns textos feitos algum tempo atrás. E também porque é tempo de rever conceitos, rever objetivos e tudo mais. Continuar a escrever posts melodramáticos poria em xeque tudo isso.
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14/05/06
Bem, agora vem a minha parte do presente de Dia das Mães. Não sabia muito como fazer tudo isso, acabou saindo meio que de última hora... Por mais que não pareça, também estou com muita falta de tempo.
É, e por sua causa. Trabalhos e mais trabalhos da faculdade, aulas de Inglês... Por sua causa. Mas eu não tenho do que reclamar; se não fosse por você eu não estaria fazendo nada disso. Não só pelo fato de estar financiando essa infinidade de coisas que estou a fazer, mas – principalmente -, pelo apoio que me dá e a confiança que me credita. Certamente, não fosse por você, talvez – ou com toda a certeza – eu estaria no cursinho, estudando como um louco para tentar passar em Física, Matemática... ou qualquer outra coisa esdrúxula por aí.
Só que não tenho que te agradecer apenas por isso, mas por muito mais. Por sempre, sempre acreditar em mim. E se orgulhar de mim. Desde os tempos de escola, desde a época do colégio do Planalto Paulista. Ou desde o começo de tudo. E é justamente por isso que eu continuo toda essa batalha. Não vou negar que eu tenho passado por montes de conflitos diários, mas pensar em tudo por aqui me acalma... e muito
Uma coisa que eu queria, porém, era poder voltar no tempo. Não para tentar mudar o que aconteceu, não; mas para me mudar. Queria muito voltar a ser como antes; mais animado, contente, esperançoso e tal. Ter a visão de mundo que eu tinha quando era menor. Porque a felicidade, pelo menos na minha concepção, está na inocência, na ignorância. A partir do momento em que se vive o mundo, descobre-se a tristeza... e viver essa tristeza é de doer. Não sei se você vai me entender – ainda mais porque essa é a primeira vez que eu digo isso -, mas as pessoas me entristecem demais! Não qualquer tipo de pessoas, mas as crianças e velhinhos. Não qualquer tipo de crianças e velhinhos, mas criancinhas gordinhas (e ainda mais se elas estão conversando – seja lá sobre o quê for – ou brincando com alguns cacarecos) e velhinhos magrelos, franzinos e de bigode. E se ele ainda demonstra o menor olhar triste, já tenho a maior vontade de não olhar mais para ele. Mas todo dia, no caminho da faculdade, eu vejo um velhinho baixinho, magrinho, de bigode e com um dos olhares mais tristes do mundo. Ele fica sentado na calçada do cruzamento Paulista x Brigadeiro. Fica sentado com uma bacia branca e encardida na mão. Mas eu nunca vi essa bacia com uma moeda sequer. Entretanto, ele não pede dinheiro. Só que ninguém dá.
Não sei se você entendeu, isso até pode ter soado meio confuso, mas acho que entendeu, sim. Afinal, é a única pessoa que sabe – não sei se pelo olhar, pela voz ou o raio que for - que eu estou triste. Sabe exatamente quando eu estou triste. Nunca errou, nunca. Mas eu nunca digo que estou. Ou porque aprendi com meu pai (o que pode ser que tenha acontecido) ou porque são coisas totalmente sem importância, sem relevância alguma. Acontece que eu sou igual à vovó, qualquer coisinha me chateia. E muito. Assim como aquele velhinho da Paulista me dá a maior vontade de chorar. Só de olhar pra ele.
Ah, mas eu nem vou (e nem quero) ficar aqui falando sobre tudo o que passamos juntos, seria muito clichê. Mas queria te agradecer por tudo o que tem feito por mim, por todo o apoio que me dá e por ser a pessoa mais próxima de mim. Não moramos juntos, mas acho que, em um dia, falamo-nos mais do que eu fali em casa durante um ano. Talvez por isso eu me sinta tão sozinho ultimamente.
Quer saber, vou te contar uma coisa. No dia em que eu fui operar o dente do Siso, fui teimoso a ponto de ir sozinho. Mas bastou a dentista começar a me dar algumas injeções para eu começar a passar por algumas crises. Tive medo, até demais. Me senti tão sozinho como nunca antes. Minha vontade era de começar a chorar e ligar para você. Acabei superando isso, talvez porque, no fundo, no fundo, eu sabia que você iria aparecer. E só de te ver lá já foi uma das maiores alegrias que eu já tive. Eu juro!
E depois, no pós-operatório. Totalmente maniqueísta a situação. Você cuidando – à distância – de mim. E cuidando muito bem. Enquanto isso, meu pai fazendo pouco caso e resmungando por eu ter feito a cirurgia.
Bom, acho que já até escrevi muito. E isso nem foi um presente, mas algo que eu não consigo contar – mal de pai -, por mais que eu estivesse precisando.
Saiba que eu te amo muito. Muito que você não é nem capaz de imaginar.
Te amo tanto que nem consigo expressar como deveria.
Pra sempre, do seu filho que te ama absurdamente,
Cavaleiro com Solitária
PS: E veja só! Toda vez que escrevo meu nome e parece que isso vai ser a minha assinatura daqui pra frente), o final (o Solitária) é igual, pelo menos pra mim, à sua assinatura.
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O do próximo post... bom, ainda tô em dúvidas sobre qual colocar. Mas ou me rendeu um 10 de âmbito acadêmico ou alguns bons comentários de ex-professores colegiais. Muito embora os dois sejam as maiores porcarias já vistas na superfície virtual.
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