sábado, 9 de setembro de 2006

Pátria amada

Com dois dias de atraso, mas um atraso justificado.

Não deu pra postar dia 7 sei lá o motivo, talvez porque eu consegui a proeza de dormir por 14 horas seguidas e tudo mais. E nem ontem porque eu tava me perdendo sozinho por esse mundão de Deus-dará.

O fato é que eu reitero: Se fode com estilo, CARALHO! Estiiiiilo!

Passei uns dias pensando no título deste post, e só cheguei à conclusão ontem [ontem eu cheguei em casa, isso foi o mais importante, se quer saber]. Pensei em 'Isso não se faz' ou qualquer outro título bem imbecil tirado do meu sonho ou de alguma música, mas... escolhi o que tá agora e 'que se fodasse'.

Mas, pra ser sincero, aquilo não se faz. Sair de casa antes das 5 da manhã, com 5 graus lá fora, não conseguir nem sentar no banco do metrô porque ele tá mais gelado do que qualquer outra coisa... e coisas assim. Pra depois fazer você andar pelas ruas mal iluminadas, desertas e longas do Ibirapuera, quando e onde nem os carros ou as primas se aventuram àquela hora. Ou ficar num lugar tão imbecil fazendo coisas mais imbecis ainda [ou não fazendo nada, não podendo nem falar um A sequer] por 7 horas. Ou pior ainda: fazer uma velhinha bem velhinha trabalhar de cobradora de ônibus de madrugada. Ah, isso não se faz!

O fato é que eu fiquei quase 48 horas sem dormir. E, quando cheguei em casa, só pensei em dormir. Muito. Do jeito que deu. E sabe, foi legal. Foi legal porque eu sonhei com você. Sonhei que a gente se falava, dava risadas e todo o resto com o que eu sempre sonhei. É, foi legal... e aí, quando meu maior sonho tava acontecendo no sonho, eu acordei assustado. Tudo bem, era só um sonho, mesmo.
Why can't I stop and tell myself I'm wrong, I'm wrong, so wrong? Why can't I stand up and tell myself I'm strong? Because I saw her today.

Quanto a ontem, ontem foi divertido. Foi divertido beber por longas horas, assim como foi divertido andar por um lugar desconhecido à noite. Bêbado, trêbado. E cair sozinho, de bêbado, andando pela rua. Sem ninguém ver. Só não foi legal misturar álcool com ônibus. Nooooooossa! Ah, foi engraçado. O fato é que foi legal se perder sozinho, sem ter lugar pra ir e sem nem saber onde se está. Pelo menos eu parei em casa. Ou pelo menos eu achava que era a minha casa. As chaves foram entrando, rodando e abrindo as portas, então... deve ser a minha casa. A ressaca não me deixa discernir muito bem se aqui é ou não o meu lugar.

Ah, quer saber? Definitivamente não é. Porque é legal voltar pra casa em um metrô lotado, cheio de gente que lança olhares engraçados e curiosos quando vêem duas pessoas falando em Inglês. Eu sempre sonhei com isso, com esse lance de me comunicar com uma pessoa que não entende um A em Português. E fazer uma conversa fluir. Tá, 50% desse negócio realizado, porque o tal até que entende um pouquiiiiinho da língua da flor de Lácio. Em todo caso, foi legal. E me deu uma vontade de saber como é por lá, no lado europeu, na terra do tamanco e das barragens. Vontade incrível de ter a certeza de que aqui não é o meu lugar, mas lá.

Em todo caso, acho que me expressei muito bem quando disse: "I want to fight, you know, but... I have my own style of fighting. I don't trow trash on the floor, I do my part. I don't need to go to the army to prove my loyalty, you know." [ok, meu Inglês não é lá dos mais fluentes, mas pelo menos é comunicável]

Talvez eu esteja certo. Talvez é mais importante não jogar lixo no chão do que querer fazer o nacional socialismo ou o caralho que for e dizer que é em prol da pátria. Ah, você nem sabe o que fala!
É muito fácil falar tudo isso e pegar pra passar na auto-escola, molhando a mão do Seu guarda pra não receber uma multa. Ou então, sei lá, jogar lixo no chão e falar que o governo é uma merda [não que não seja, porque ele é]. Mas é muito comodismo, não?

Mas tudo bem, esse é seu amor, sua lealdade pela Pátria amada.

Ah, post inútil!

Nenhum comentário: