segunda-feira, 26 de junho de 2006

Às armas, às armas... Contra os canhões, marchar. Marchar!

É tão fácil falar, né?

É, fácil mesmo. Muito. Mas sei lá, sabe!? A vontade para fazê-lo não me falta, mas há muitas coisas que me impedem de ter vontade, disposição e fôlego. É, muitas. Inclusive o fato de não estar inspirado para escrever.

Tudo isso acontece por causa de algumas coisas que se lê por aí. Ou por causa de um acordar cedo para fazer uma merda de prova que tá há meses atrasada. Só que a prova é o de menos, claro. Sei que vou dormir tarde, não vou acordar a tempo, vou perder a prova... e em meio a tantos vous, vou tomar no cu. O que mais me deixou puto, sei lá, a gente quebra a cabeça para escrever algo mais embelezado e o pouco caso que fazem é absurdo [não se trata do lance de ontem].

Já que você quer saber, eu respondo. Mas nem tenho certeza se vou aparecer por lá ou não.
Em outras palavras: "sou muito, mas muito educada e vou responder (afinal, estou há três dias atrasada). Se me der na telha eu vou. Se me der na telha e eu não tiver nada mais interessante pra fazer, como, por exemplo, ficar deitada na minha cama estudando sobre alguma palhaçada ridícula que sirva de álibi."

Ah, se foder! Parece até que está a fazer um favor. Tanto em me reponder como em passar por lá. Pois não passe! Também vou ter muito mais o que fazer, como, por exemplo, debater sobre um livro que eu não li. Ou até tomar sozinho um café amargo e sem gosto em uma praça de alimentação apinhada de gente. Pois vai ser muito mais legal, se quer saber. Muito, muito. MUITO! Pelo menos não vou ter que me fazer de imbecil e fazer piadas sobre a droga da minha aventura desaventurada. Ou nem vou ficar com a mão no bolso, tímido e a ver carros passarem na principal avenida da América Latina porque tem alguém com um papo mais legal do que o meu (o que não é muito difícil e nem requer um pingo de esforço).

Se fosse pra responder uma merda daquelas, não responde! Só porque eu escrevo coisas imbecis não quer dizer que eu seja um completo. Só quer dizer que eu sinto coisas imbecis. Ou tenho uma imaginação que produz pensamentos imbecis e me dão uma esperança mais imbecil ainda. Tão imbecil quanto a resposta. Mas menos imbecil do que a responsável pela resposta.

Se te interessar, passe lá. A calçada é pública, cacete! E se não quiser, não passe. Não me fará falta nenhuma. Não, não fará. Posso viver tão bem só com a minha imaginação...



Agora a outra resposta do dia. Não foi nada de mais, eu previa. E nem me surpreendeu do jeito que veio, afinal fica no ar aquela sensação de "pô, vai ficar chato se eu não responder na mesma moeda". Tá bem, isso é passível de todo ser humano. O legal foi que ela também lembrou. E que ela lembra. E o mais legal foi que ela se lembrou de mais coisas de que eu não falei. E as tais coisas eram os principais indicadores de que as nossas trocas de olhares me faziam feliz. As inscrições, os sorrisos... Ah, na hora foi tão... tão bom! Mas, com certeza, não querem representar nada.

Por fim, a emoção. A principal emoção, sei lá, do ano. Pode parecer tão imbecil [vai parecer tão imbecil (é tão imbecil!)], mas o jogo de hoje foi demais. Igual àquele tempo de felicidade incondicional e pueril, a melhor de todas que existem. Porque, em 99, o meu isolamento era com alguém tão isolado quanto a mim. Porque, naquela época, eu não me reclusava nas profundezas do meu quarto. Porque, há 7 anos, eu não tinha a vontade de passar correndo pela sala. Porque, 7 anos atrás, eu tinha os sonhos mais legais, mais impossíveis e mais possíveis. Porque meu ideal de felicidade era outro. Porque eu era um vencedor.

Mesmo fugindo do assunto, o jogo de Portugal foi uma maravilha. Aquele sentimento de torcedor que só o Felipão consegue passar. Mesmo não sendo um jogo de técnica nenhuma, dá vontade de ver o jogo. E dá a vontade de que o jogo tenha, sei lá, 1800 minutos. E, ao mesmo tempo, dá a vontade de que o jogo termine em 10 segundos para que o sufoco passe.

Ah, o futebol!

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