domingo, 9 de novembro de 2008

Reencontro nada bem-sucedido

Sempre que saio de São Paulo e vou a alguma cidade onde eu tenha algum conhecido, fico com a terrível sensação de que encontrarei a tal pessoa. A última vez que tive isso foi na Argentina, quando passei uns 11 dias esperando encontrar a minha antiga paixão argentina de infância em qualquer esquina de Buenos Aires, Olivos ou Ezeiza (descubra quem foi ela clicando aqui e aqui).

Muito tempo passou desde que encerrei minhas férias do outro lado da fronteira e voltei para o Brasil. Para o trabalho e tudo mais. Até que ontem fui para São Caetano do Sul passar alguns instantes da minha noite de sábado de folga.

Era o penúltimo dia da peça da Maria, que tinha me feito até convite oficial para ir vê-la no palco. Peguei meu carro, me perdi umas duas ou 20 vezes e cheguei ao lugar com uns 20 minutos de antecedência. Comprei minha entrada e esperei um tempo fora do teatro, onde estava batendo um ventinho bom.

Aí, pensando na vida, lembrei que estava em São Caetano. E que a Maria era a melhor amiga da Milena. “Hoje é o último sábado da peça, é bem provável que a Mi apareça por aqui. Ia ser bom, já que estou sozinho aqui e faz um tempão que a gente não se encontra”.

Não demorou cinco minutos, vi descendo do carro uma garota baixinha estilosinha, com cabelo liso meio curtinho, pele clarinha, uma blusa bacana e um jeitinho de andar peculiar. “Rá, sabia! Tinha certeza de que a Mi apareceria por aqui”, eu triunfei comigo mesmo. Eu era o máximo.

A garotinha veio se aproximando, e enquanto isso eu pensava em como falar oi de um jeito diferente. Até porque... bom, do meu último encontro com a Milena até hoje se passaram oito meses, e admito que eu estou um tantinho diferente. Achei melhor, então, não fugir muito do óbvio.

Quando a Milena se aproximou de mim, dei um sorriso e falei “Se Milena some, Felipe Held vem até aqui para te ver. É sempre assim”. Do outro lado, nada de sorriso, abraço, nada. A garota deu dois passos para frente e deixou aparecer uma tatuagem no ombro. “Ué, a Mikas não tinha tatuagem. E nem era tão altinha assim... e... aaaah não! Puuuutz, não é a Milena!!”.

Eu não era mais o máximo. Fiquei com a maior cara de cu dos últimos tempos. Pedi desculpas para a Milena-que-não-era-a-Milena, tentei cavar um buraco e não sair nunca mais de lá. Mas não dava. Então continuei lá fora, esperando para ver se a verdadeira Milena apareceria. E, se desses as caras, eu não ia falar oi nem nada. Só de raiva por ela não ser a primeira Milena.

O pior é que a pseudo-Mikas ficou o tempo todo do meu lado na ante-sala do teatro. E sentou na minha frente durante a peça da Maria. Estou encucado até agora com a gafe que eu dei.

Mas vale o esforço que a gente não faz por uma visita a São Caetano do Sul, por uma boa peça de teatro, e ainda mais com uma amiga e tanto estrelando uma mendiga loira.

3 comentários:

Anônimo disse...

Há tempos já tinha percebido que os nossos plantões não batem, né? Quando você folga, eu trabalho - e vice-versa. Desse jeito, vai ficar difícil tirar aquele boteco do papel, pô!

:)

Se bem que tô saindo de férias em algumas horas e, na volta, pode ser que nossos plantões se "alinhem", aguardemos.

(Hehehehe, tá bom, tá bom, admito que esse comentário foi só um pretexto para deixar claro que tô saindo de férias amanhã. Há!)

Aline disse...

você e o seu mundinho particular imaginário, sempre. ;)

Anônimo disse...

Bem-vindo ao mundo das gafes.

Me pergunte um dia sobre o Diogo.