quarta-feira, 25 de março de 2015

O fim

Eu tinha a certeza de que você estaria nos meus sonhos naquela noite.

Era muita intensidade, era muita euforia, era muita alegria, era muita inconsequência… era muita, mas muita felicidade. Felicidade vazia. Sem fundamento. Era uma felicidade que não duraria, e eu sabia.

Sabia, mas ignorava. Ignorava porque preferia bater com força e com as mãos espalmadas sobre o volante do carro, seguindo o ritmo daquela levada agitada, em volume exagerado, que me ajudava a ficar acordado no caminho de casa às 2 da manhã de um dia comum.

Em algum momento, porém, alguma coisa avisou dentro de mim que aquela empolgação estava próxima do fim. Aquela empolgação era o fim. E, a partir do momento em que eu começasse a sonhar com você naquela noite, você deixaria a minha vida real para entrar apenas no meu imaginário.



?



Seria o fim.

Foi o fim.

E eu prometi que não me abalaria.

Porque, no final das contas, tudo volta.

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