terça-feira, 4 de setembro de 2012

(toca o telefone às 2h37 da manhã)


Che!

Desculpa te acordar a essa hora da noite com essa ligação, sei que já nem me corresponde mais o direito de te acordar de madrugada nem que seja um caso de polícia. Mas é que... nah, não tem como não compartilhar isso contigo!

Acontece que... não, você não sabe. É um negócio tão sensacional e tão importante que você vai saber e espero que fique sem fôlego assim como eu fiquei em saber. Quero que você fique tão feliz quanto eu fiquei ao saber disso. É uma alegria que... sabe? Faz tempo que eu não sinto.

Quando foi a última vez que eu senti isso? Ah, lembrei! Foi aquele dia que eu fiquei te esperando sair da aula e fiquei ali fingindo que olhava para o outro lado da rua. E aí você veio, me deu um empurrão já me abraçando e me dando um beijo enorme pra que toda a tua cidade visse. Verdade, foi esse dia. Foi a última vez que nos encontramos.

Mas então, não me deixe sair do assunto. Vamos lá.

Acontece que não consegui vibrar sozinho ao saber disso e... até tentei respirar fundo, deixar para te falar amanhã. Mas aí peguei o telefone, vi teu número... e ah, o que custa te dar uma ligada? Vai que depois você dorme ainda mais feliz...

Sabe? Tenho saudade disso, de te ver dormindo tão feliz ao meu lado. Gostava de acordar no meio da noite quando você me dava um empurrão sem querer e eu ficava ali, te olhando, e te dava um beijo no ombro e passava a mão nos teus cabelos e já me sentia o máximo por... te ver dormindo.

Só que... é, eu te dizia... eu te dizia...

Bah, deixa pra lá. Nem era tão importante assim, mesmo.

Boa noite.



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