segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Linha de chegada

Acordei com o despertador extremamente cedo para o domingo (ainda eram 9 da manhã, acredita?). Entretanto, como precisaria ir trabalhar dentro de poucas horas, resolvi pouco a pouco lutar contra a tentação e fui recobrando a consciência.

As primeiras coisas que passaram pela minha cabeça vieram do rádio, da transmissão ao vivo da Fórmula 1: Rubens Barrichello estava a 12s do Hamilton e a uns 5s do Kovalainen. “Mais um dia sem a musiquinha da Globo”, eu pensei. Aí resolvi apertar o snooze e dormir por mais 10 minutos.

Esse curto período, obviamente, foi prolongado e multiplicado por 3. Resultado: só fui abrir os olhos novamente às 9h30. Relutantemente acordei de verdade, vivi 2 minutos de ócio e então lembrei que poderia ligar a televisão. Para minha surpresa, o Rubinho estava no segundo lugar, tirando vários décimos por volta em relação ao Hamilton, líder.

Resolvi acompanhar a corrida direito, e vi o Rubinho vencer a prova. Quando ele estava para cruzar a linha de chegada, aumentei o volume da televisão. Incrível como o tema da vitória da Globo me agrada tanto. Pois bem. Comemorei o primeiro lugar do Barrichello, tomei banho, almocei e fui para o novo trabalho.

A rua estava extremamente livre, e eu aproveitava para correr e minimizar o atraso já consolidado. Assim, quando virei da República do Líbano para a Hélio Pellegrino e vi a pista livre, engatei a quarta, depois a quinta... e então vi várias bandeiras tremulando para mim.

O que eu fiz? Bom... por um momento, transformei meu Uno em um Fórmula 1 com motor Merdeces-Benz. No meu capacete, estava escrito “Mané - see you on bar soon”. Baixei o vidro, ergui o punho cerrado e festejei minha primeira vitória na Fórmula 1, no circuito urbano de São Paulo. Não houve tema da vitória, do meu carro saía som de uma banda de rock argentino. Deu para disfarçar.

Então parei no semáforo logo à frente. Uma das mulheres que tremulou a bandeira para mim na linha de chegada me entregou um panfleto publicitário de mais um prédio que estava sendo construído pelas redondezas.

Coloquei os óculos escuros para não ser reconhecido. Afinal, basta a gente ganhar uma corrida que já vão querendo empurrar apartamentos luxuosos e etc.

3 comentários:

Fábio disse...

Grande Barrica! Eis um cara que deve ser muito boa gente e, certamente, tem uma baita personalidade para aguentar tanta gozação e tanta gente pegando no pé.

Rubinho não é nem nunca será gênio, mas ninguém é vice-campeão do mundo por acaso, né? E, até hoje, sou mais ele do que o Massa, por exemplo. Boa, Barrica! ;)

Mané disse...

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!! Só faltou parar, olhar em volta e ver que estava todo mundo te olhando!

Do mais, assino embaixo o comentário do Fábio. Aliás, a gente não foi para o bar, né?

[Quando tiver orientação ou quiser almoçar, estamos aí!]

Fábio disse...

Concordo com o Emanuel, boteco já! A partir de terça-feira, começo a trabalhar lá na Paulista, bem em frente à Cásper. Não tem desculpa!

:)