quarta-feira, 15 de julho de 2009

Branco

Essa página em branco me assusta.

Ainda bem que eu sei separar muito bem o pessoal do profissional. No trabalho, preciso de uma dezena de minutos para fazer um tá-tá-tá com os 10 dedos das mãos e preenchê-la. Escrevo tudo antes mesmo de digitar, fica tudo mais fácil. Piloto automático. A notícia vai para o ar, eu apago tudo e recomeço o tá-tá-tá. Em um dia cheio de expediente, venço o vácuo da folha do Word umas 20 vezes, até mais.

O problema é quando eu chego em casa, deito na cama e abro novamente essa página em branco. O conteúdo da página é o mesmo que dos meus pensamentos. Às vezes até tento quebrar o gelo e batucar um parágrafo. Não consigo ter continuidade. Paro, tento outro assunto. Nada.

Não gosto de inspiração, nunca acreditei muito nisso. É apenas falta de disposição, com o perdão da rima. Acho que isso se chama marasmo de idéias. Frescura, um ou outro diria. Preguiça, eu tenho enganar. Apenas não consigo.

Aqui em casa, quase 5 da manhã, meus pés sem meias estão gelados. Minhas pernas tremem entre a calça de moletom, assim como o resto do corpo, sob uma camiseta de manga curta. Deve fazer uns 7ºC lá fora, talvez seja o frio. Mas eu não estava tremendo assim antes de começar a escrever. Ou o vento derrubou a temperatura em uns 20 graus ou... sei lá.

Bom ou não, algumas idéias ameaçam surgir. Nada lá muito relevante, também. Imagino o que quero contar, mas não desenvolvo. Se um dia na vida eu achei que poderia fazer bico de escritor, acho que sou um péssimo produtor de idéias – que apenas viveu uma boa fase recentemente.

Houston, we have a problem.

2 comentários:

Fábio disse...

Ih, nem vem. Já mateu meu blog por problema parecido, a tal falta de disposição, então o senhor não me venha com essa agora também, né? ;)

Fábio disse...

Ops, já "mateu" é ótima. Já matei, eu quis dizer.