quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Não mais do que isso

A day in the life é a primeira música que toca no CD que eu mais coloco para rodar no meu carro. Realmente gosto desse som, que na primeira estrofe tem uns versinhos do tipo “Well I just had to laugh, I saw the photograph”...

E era verdade, eu realmente vi as fotos. Algumas novas que eu nunca tinha visto. Você estava com um penteado diferente, com o cabelo maior e da cor natural. Tinha feições diferentes no seu rosto. Tinha até o piercing que você recolocou no nariz porque sabia que eu gostava de noserings.

Eu vi as fotos, e eu tinha apenas que dar risada. Na verdade... bom, na verdade eu não dei risada. Foi algo até pior do que isso. Eu vi suas fotos, suas várias fotos, e a reação imediata que eu tinha em todas elas era um pensamento estranho, que me incomodava: “Mas peraí, é... só isso?”

Por muito, muito tempo, eu tinha de você a imagem da mulher mais perfeita do mundo. Até seus defeitinhos eram os mais lindos para mim. Eu realmente te fiz a garota ideal na minha cabeça. Fantasia que por um bom tempo me incomodou, me chateou, me causou uma série de danos, vamos dizer assim.

Fiz da nossa história, nossa curta história, a história da minha vida. Gostava de contá-la por aí e tudo mais. E aí, um dia, eu olho para suas fotos e não consigo pensar outra coisa do tipo “Mas é só isso?”. Não te desmerecendo e tal, só que... era só isso, mesmo.

Senti alguma coisa semelhante àquele som orquestral no meio de A day in the life. Um barulho perturbador, até, que separa a parte monótona e non-sense da música em uma outra, agitadinha e bonitinha. “Woke up, fell out of bed, dragged a comb across my head; found my way downstairs and drank a cup; and looking up I noticed I was late”.

Humm… pois é. Percebi que eu deixei me atrasar por um bom tempo. Mas agora que... ahn, talvez eu esteja mais ‘acordado’, vou lá fora viver um pouquinho. Enquanto isso, você... fica bem. Talvez um dia a gente se encontre por aí, tome um café e bata um papo como bons amigos.

E só isso.

Um comentário:

Dayane Abreu disse...

pois é, depois a gente percebe que era só aquilo. e...nossa!