domingo, 22 de setembro de 2013

(...)

Poderia te escrever sobre o estado de choque em que fiquei quando você me chamou e me perguntou qualquer coisa para tentar uma aproximação.

Uma outra coisa legal seria contar a minha comemoração infantilizada quando sugeri de almoçarmos qualquer dia e você aceitou com uma rapidez que me desconcertou. Até hoje eu não sei onde eu estava com a cabeça para te fazer um convite como aquele, tão de repente.

Pensei em te dizer também como o mundo girou devagar quando, depois daquele almoço, você tocou meu braço e me chamou pelo apelido. Depois que nos despedimos, até pensei em acender um cigarro e refuguei: eu não precisava. Não precisava de nada mais para me sentir em paz comigo mesmo.

Ainda daria para relatar todos os sorrisos que dei para mim mesmo na frente do espelho quando via meu olhar brilhante e cheio de esperança e certeza e tranqüilidade nos dias em que passamos a conversar desarmados. Não, não eram sorrisos. Eu gargalhava!

Talvez você se interessasse também em saber a angústia que eu tive antes de te beijar pela primeira vez. E se aquele instante não combinasse com toda a longa expectativa que eu havia nutrido sem querer e jogasse por terra algo que parecia tão certo? Eu... eu tive medo.

Eu queria te contar tudo isso, mas não consigo.

Porque estar perto de você esvazia meus pensamentos e me repuxa o rosto em um sorriso que me cala.


Porque você tem o dom de fazer do meu silêncio a melhor e mais completa história que eu jamais poderia contar. 

5 comentários:

Feldman disse...

Isso aqui parece ser um journal muito particular seu. Mas eu gostei.

(Também sei o que é isso. 10 anos depois e ainda reajo desse jeito quando ela faz isso)

Gustavo disse...

Fazia tempo que eu não comentava aqui, né? Um pouco porque eu achava que você não escrevesse mais. Um pouco porque eu ando muito desmotivado, até mesmo para ler e escrever sobre coisas que gosto.

Fiquei contente de ver várias postagens novas, em relação à última visita que fiz ao blog. Só não me deixa contente ver que alguns posts são melancólicos...

Mas mesmo os seus textos melancólicos são muito, muito bonitos. (Nem sei se são melancólicos, mesmo, ou se sou eu, que, muito triste, acabo vendo tristeza em tudo.) Mas mesmo esses textos são muito bonitos. Você tem talento, cara. Este texto me emocionou.

E obrigado pela explicação da piada da população gigante. Não chega a ser hilária, mas dá pra dar umas risadas com a intenção deles: aproveitar a sonoridade das palavras.

Forte abraço!

Anônimo disse...

Amo seu blog, mas devo confessar que sou viciada mesmo nos seus posts sobre o chaves.

Favor continue postando.
Amo descobrir coisas novas (antigas) sobre a serie que amo.

Anônimo disse...

Cara...
cadê os posts sobre chaves?
Muito legal vc explicar as piadas que a tempo são uma "Incógnita" na vida daqueles que (como eu) são viciados em chaves.
Volte com as piadas do chaves!

Anônimo disse...

Cadê as piadas do Chaves??????????????