Buenos Aires (Argentina) - Assim que entrei na fila do embarque, ouvi uma voz conhecia atrás de mim. Logo me virei e encontrei o Fernando Meligeni, um dos caras que eu mais entrevistei até hoje (cinco vezes, no total). Bacana, estava indo para Buenos Aires com o Fininho. Nos cumprimentamos, trocamos uma piada e entramos no avião.
Entrei no avião, sentei na janelinha e, já sem medo, me preparei para a decolagem. Tudo dentro dos conformes, não fosse o fato de a nave ter estacionado na pista na hora em que recebera a permissão de alçar vôo. Não demorou para chegar a explicação do comandante: os freios do avião travaram, não voltavam para o lugar.
Não restava nada se não esperar, mas ainda achei algo mais interessante para me divertir: o inglês do comandante do avião. Por incrível que pareça, ele tinha o famigerado inglês com sotaque carioca (mais explicações, somente ao vivo).
É claro que na hora lembrei do manual de sobrevivência da Carol Canossa. Quer dizer, médio: lembrei que ela tinha elaborado tal guia, mas não lembrava um mandamento sequer. A única coisa que eu sabia era que... que... que quem senta na traseira tem menos chances de sobreviver. Eu estava na asa, não poderia ser tão ruim assim.
Mas o avião levantou vôo, e então serviram o almoço. E eu, que não tinha comido nada até então, pude bater uma chepa delícia. Salada (muita salada), uma mini-panqueca de ricota... e um vinho. Sim, pedi vinho, mas me arrependi quando recebi um copo de vinho tinto seco. Bleh, ainda não sou tão macho como os gaúchos, que dizem que vinho suave é para calouros.
Foi a refeição mais apertada que já fiz: mal podia mover os braços. Era preciso realizar um malabarismo enorme com o tronco e com o antebraço, e sobrecarregar o cotovelo. Mas pelo menos deu para encher o pandu, e depois ainda dormi um pouquinho, para compensar a noite em claro.
Depois de um tempo o avião passou por uma região prateada. No início parecia um lago, mas então liguei os pontinhos e percebi que estava sobrevoando o Rio da Prata. Ou seja, já tinha saído do Brasil há tempos: estava era deixando o Uruguai e me aproximava de Buenos Aires.
Demorou um pouquinho até o avião pousar, o que me ajudou a ter um panorama da capital portenha: quase nenhum prédio, bairros bem elaborados... toda bonitinha. O avião então pousou, freou (sim, ele freou!) e eu desci todo empolgado.
Cozinhei um pouco na fila da imigração, mas comecei a colocar em prática o meu portunhol com o cara do guichê. Acho que não foi tão ruim assim, e eu consegui entrar na Argentina. Peguei minha mala na esteira, passei em frente à casa de câmbio e vi uma Argentina realmente linda no guichê. Resolvi trocar mais alguns Reais por uns pesos só para poder vê-la melhor.
Feliz da vida, ainda tive tempo para me sentir quase que um filme: havia uma plaquinha com meu nome me esperando no portão de desembarque: era o táxi do albergue que estava me esperando.
Agora, já de noite, estou no albergue, sem muita coisa para fazer e esperando surgir algo interessante. Depois conto as primeiras impressões sobre Buenos Aires.
4 comentários:
aguardo explicações ao vivo em alguns dias.
beijos.
ah,te mandei e-mail . ;)
Ai, ai, ai, ai, ai, tô empolgadíssima!
Manda um beijo pra Buenos Aires por mim? Diz que eu agradeço por tudo, hahahahahaha.
Buenos Aires é a cidade que ainda não conheço de que mais gosto. Já sou apaixonado pela capital argentina antes mesmo de pôr meus pés lá.
Aproveita aí, rapaz! E depois de Pequim, vamos tirar aquele boteco do papel, né? Abraço!
Acho que eu sou uma das poucas pessoas que adora viajar de avião. Tirando a parte dos lugares apertados, claro.
E poxa, que chique, foram te buscar no aeroporto! :0) (esse emoticon é REALMENTE útil).
E... ah, boa viagem =) Já passou pela Casa Rosada?
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