As partes mais divertidas dos meus passeios escolares sempre foram a ida e a volta. Embora tenha conhecido vários lugares interessantes, sempre gostei mais de passar o tempo dentro do ônibus do que fora dele. Era muito mais divertido andar pela cidade, olhar tudo pela janelinha e ainda sentir um vento gostoso no cabelo. Isso sem falar nas brincadeiras ou conversas que sempre rolavam entre todos os alunos da sala.
Mas nem por isso tomei gosto pelo transporte coletivo urbano. Por sempre morar e estudar, e agora trabalhar perto de uma estação metroviária, acabei sem querer adotando o metrô como meu preferido. E, mal-acostumado, passei a achar todos os lugares a mais de 1,5 km de uma estação extremamente longínquos.
Só que às vezes é preciso ir a alguns desses lugares onde só os ônibus chegam. Hoje, por exemplo. Antes de sair de casa, entrei no site da SPTrans, anotei direitinho o número e o nome da linha que eu deveria tomar e saí de casa. Após chegar ao ponto, passei a esperar pelo Largo São Francisco. Não imaginei que demoraria muito, até porque semana passada, quando precisei andar de ônibus, encontrei vários deles enquanto esperava por outro.
No entanto, as coisas nem sempre seguem a lógica no ponto de ônibus. Durante o tempo em que fiquei parado, de braços cruzados, esperando o Largo São Francisco, vi contados três Perdizes (sendo dois em seqüência), cinco Largos do Cambuci, uns oito que iam para o Hospital São Paulo e... pior: cinco ou seis Paraísos (na hora, lembrei que em 2006 fiquei 40 minutos em um ponto esperando por este trem que, enfim, não apareceu).
Como sempre acontece quando tenho que ir a algum lugar de ônibus, desisto daquele por que eu esperei por tanto tempo e troco-o pelo primeiro que passa por algum lugar próximo ao meu destino. Desta vez, peguei um Parque do Ibirapuera, que parou no mesmo lugar onde eu planejava parar com o Largo do São Francisco.
A volta de ônibus costuma ser pior ainda. Além de sempre esquecer o nome da linha que eu devo tomar na hora de retornar à minha casa (sempre decoro como faço pra chegar, e nunca pra voltar), não tenho muita paciência para esperar. Costumo, então, subir no primeiro que passará em alguma estação do metrô mais ou menos perto de casa. Muito mais fácil e, talvez, até mais rápido.
É andando de ônibus que eu percebo o quão sortudo eu sou por poder fazer todas as coisas necessárias de metrô – muito mais rápido, prático, confortável e ainda evita estresses desnecessários.
Um comentário:
E você não sabe por que o ônibus que você está esperando sempre é o que mais demora? Lei de Murphy, pô!!!
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