A primeira ligação que recebi em 2008 foi da Carol Zilli, uma grande amiga que não estava em São Paulo, pois viajara para passar os últimos dias do ano passado e os primeiros deste que se inicia. E a primeira coisa que ela me disse foi algo do tipo: “Espero que você tenha feito alguma coisa boa hoje à noite, porque tudo o que for feito hoje vai significar as suas atitudes ao longo do ano”.
Corei um pouco quando ela disse isso e respondi que não havia feito nada de mais, apenas tinha repetido as tradições dos últimos anos. Mas isso não tira o mérito do que acabou acontecendo.
Momentos depois de desligar o telefone, desci para encher a cara com alguns antigos amigos do condomínio onde moro. Pela primeira vez nas quase duas décadas de amizade conseguimos descolar de graça o salão de festas (sempre foi cobrada uma taxa ligeiramente salgada para usar o espaço que não tem nada a não ser uma geladeira, um banheiro e algumas tomadas).
Com uma quantidade agradável de bebidas diversas, alcoólicas ou não, conversamos muito. Demos muitas risadas, conversamos, falamos sobre os mesmos assuntos de sempre e alguns outros inéditos, apesar do longo conhecimento de todos os quase 20 presentes no local. Incrível como sempre há coisas inéditas em nossas conversas apesar de tanta convivência.
Enquanto todos conversavam entre todos, o tempo foi passando. E, quando todos perceberam, já estava claro de novo. Pela primeira vez em tantos anos morando no mesmo lugar, todos amanheciam na pracinha, sem sono e nem tão bêbados como era de se esperar. E ainda houve tempo para estourar champanhes. Até que subi para o meu apartamento às 9 horas, caí na cama e só acordei às 13h30. Tenho dormido pouco, eu sei.
Agora há noite, lembrei das palavras da Carol no telefone nos primeiros minutos do ano e me senti mais orgulhoso. Na madrugada deste 1º de janeiro, conversei com alguns dos meus melhores amigos, bebi e me aproximei de outros que não eram mais do que colegas, tive horas incríveis.
Ainda que o risco de queimar a língua seja enorme, passei a imaginar um 2008 bem melhor do que eu imaginava dias atrás. Não custa nada ser um pouquinho otimista de vez em quando.
Um comentário:
Tomara que a perspectiva seja boa mesmo, como parece.
A minha, por enquanto, é de beber no MSN e xavecar meninas em vão. Ó, vida!
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