Na madrugada de domingo pra segunda-feira começa o Aberto da Austrália, o primeiro dos quatro Grand Slams (que, para quem não sabe, são os mais importantes torneios de tênis da temporada). Embora a competição aussie não seja a mais tradicional, a mais charmosa ou sequer a mais procurada comercialmente, pelo menos se destaca por ser o primeiro grande evento com a participação dos melhores do mundo.
E, pelo simples motivo de a minha criatividade para escrever outras bobagens está de férias, vou arriscar aqui alguns pitacos sobre as chaves masculina e feminina de simples do torneio. A começar pelas mulheres, claro.
Uma chave da morte fará certamente com que a belga Justine Henin se sobressaia. Número um do mundo, em um momento fantástico após se divorciar do marido e deixar de ser a Justine Henin-Hardenne, a baixinha tem tudo para ver suas principais rivais se matarem nas primeiras rodadas do Australian Open.
Sem adversárias fortes pela frente, ela vai ver a russa Maria Sharapova e norte-americana Lindsay Davenport se enfrentarem possivelmente na segunda rodada. Além disso, seu primeiro jogo mais complicado deve acontecer apenas nas quartas-de-final, justamente contra a sobrevivente do jogo entre a musa russa de 1,88m e a experiente e ascendente Davenport.
É claro que há espaços para surpresas. Como a do ano passado, por exemplo, quando a norte-americana Serena Williams, ainda voltando ao circuito após algumas lesões, chegou à final e massacrou a lindinha da Sharapova. Hoje, a fortona da Serena é uma das mais cotadas para o troféu. Sétima cabeça-de-chave, ela deverá pegar nas oitavas-de-final a minha favorita da chave feminina, a tcheca e escultural Nicole Vaidisova.
A minha candidata a zebra deste ano é a austríaca Tamira Paszek, de apenas 17 anos, atual 39ª do mundo e ex-pupila do Larri Passos (isso, aquele carequinha técnico do Guga). Apesar de estrear contra a terceira melhor tenista em atividade, terá pela frente uma Jelena Jankovic combalida após se desgastar e contundir a coxa na Copa Hopman, na primeira semana do ano.
Se vencer a sérvia, deve chegar fácil às oitavas-de-final, quando provavelmente enfrentará Amélie Mauresmo, que não vem bem no circuito. Se superar a francesa com cara marinheiro tatuado, Paszek ganha ainda mais moral para o seu super teste nas quartas-de-final, contra Serena ou Vaidisova.
Quem também pode se destacar, apesar de pouco conhecida, é a húngara Agnes Szávay, de 19 anos. Após disparar no ranking em 2007, deixando o posto de número 189 e chegando ao 20 em menos de 12 meses – e conseguindo nesse meio-tempo chegar às quartas-de-final do US Open e às finais dos Tiers II (de terceira importância no circuito feminino) de New Haven e Pequim (neste, ganhando de Jankovic na final).
Para chegar longe, a loirinha de Kiskunhalas terá que passar pela russa Svetlana Kuznetsova, segunda do mundo e sua algoz no US Open e no Torneio de New Haven, em partida praticamente marcada para as oitavas-de-final.
Correm por fora também a sérvia Ana Ivanovic, que deverá ser a bonitona com mais tempo em quadra em Melbourne, e a meiguinha russa Anna Chakvetadze, uma das minhas prediletas. Quem também vem forte é Venus Williams, campeã de Wimbledon, mas que nunca levantou a taça na Austrália. Já a eslovaca Daniela Hantuchova terá que vencer a própria inconsistência para se sair bem..
Um comentário:
Essa foto da Vaidisova é uma covardia...
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