Rodoviária aqui perto de casa.
Dia desses, 12h10, bilheteria de uma empresa com guichê marrom.
Um cara, com apenas uma mochila nas costas. Balançava as pernas num ritmo frenético enquanto falava com a bilheteira.
Ele não sabia o que queria, embora... embora ao mesmo tempo soubesse muito bem o que queria.
Segue o papo transcrito e ligeiramente editado.
- Oi, bom dia.
- Bom dia. Quanto tá a passagem pra cidade tal?
- R$ 17.
- Tá. Vê uma pra amanhã de manhã, por favor. Qual horário você tem bem cedinho?
- Meia-noite, serve?
- Humm... um pouco mais tarde?
- 5?
- Tem alguma coisa entre 8, 9 horas?
- Tem às 9.
- Alguma mais cedo?
- 8h45, 8h30, 8h15...
- 8h30, 8h30.
- Posso imprimir?.
- Calmaí. Pra agora, tem alguma?
- Sim, tem. O senhor quer uma pra agora? A partida é às 12h15.
- Quero! Quero!
- Tá, ok...
- Não, espera!
- Pois não.
- 8h30 mesmo, vai. Humpf.
3 comentários:
Você não editou o horário desse!
típica coisa de quem quer fazer coisas de forma impulsiva e simplesmente não dá conta. eu sou assim.
p.s.: você ainda vai ouvir beatles sorrindo de orelha a orelha de novo.
Também sou assim, meio impulsivo. E difícil para decidir quando a dúvida aparece. Humpf.
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