Errou quem achou que a Chana seria a personagem principal das piadas infames dos Jogos de Pequim. Nem mesmo o impagável encontro entre Chana e Piroska rendeu, está rendendo ou renderá tantos comentários batidos como o que aconteceu nesta segunda-feira.
Por conta de uma pataquada digna de Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, sumiram com uma das varas da simpática, educada e potencial medalhista (de prata ou bronze) Fabiana Murer. Uma das principais atletas da nossa delegação, a coitada viu um e seus equipamentos de trabalho simplesmente ser extraviados pelos chineses durante a prova do salto com vara.
E... bom, não precisa ser muito gênio para entender a estranha expressão matemática: salto com vara + sem vara = não salto. Coisa que só se aprende no terceiro ano dos cursos de exatas, com aplicação de cálculo diferencial integral.
O resultado? Depois de perder toda a concentração da prova, a Fabiana não conseguiu saltar (muito embora tivesse mais nove varas) os 4,60m e terminou muito abaixo do seu potencial. Se tivesse repetido sua melhor marca na carreira (4,80m), iria brigar pela prata. O que já seria uma vitória e tanto, visto que a etezinho da Isinbayeva (nem ela mesma sabe se escreve o nome com ou sem o Y) mais uma vez bateu o recorde mundial, com 5,05m.
Mas esta não é a primeira vez que um atleta brasileiro é prejudicado pelo sumiço de sua vara: a própria Fabiana teve problemas para conseguir levar seus equipamentos de Hong Kong para Macau, no começo do mês, e por pouco não perdeu suas varas. Fábio Gomes, da prova masculina, passou por algo pior: suas varas foram extraviadas na conexão na Europa. E sabe-se lá onde estarão agora.
Daria até para dizer que há uma fixação dos xinguelingues nas varas dos brasileiros, mas... não sei. Conheci uma vez uma garotinha bem bonitinha que era chinesa, e... bom, deixa para lá, vai. Melhor ir direto para as rapidinhas olímpicas.
Rapidinhas olímpicas:
Mais uma do Galvão: Depois da narração inenarrável do ouro do Cielo nos 50m livre, o Galvão deu novo show – agora, no sapeca-iaiá de 4 a 1 da seleção brasileira na Alemanha, pelas semifinais do futebol feminino. Depois de marcar um puta golaço e anotar o quarto tento do Brasil, a Cristiane (ah, Cristiane!) arriscou uma dancinha em campo. O Galvão, claro, não deixou passar em branco: “Daaaaança, balaaaaaança, faz a feeesta!”, narrou o mito.
Parafernália inútil: A Globo decidiu inventar um jeito de chamar algumas matérias, com um efeito que permite ao apresentador dar uns cliques no croma-key e tal. Tudo muito bonito, mas estava vendo quando isso iria dar merda. E foi no intervalo do jogo da seleção feminina: a Milena Ceribelli ia mostrar o perfil da Isabel Swan, bronze na classe 470 da vela, e o computador simplesmente travou ao vivo. Completamente sem jeito, a apresentadora tentou compensar: “Ah, eh... ahhh... ahn, ah, a Isabel é carioca e estuda cinema. Voltamos com Galvão Bueno”.
Marmelada: Pensei que a maior filha-da-putice que poderiam fazer com um fã do esporte já havia sido protagonizada – aqui no Brasil, no Grand Champions Brasil (o mala do Dácio Campos ficou o dia todo anunciando a histórica partida entre Bjorn Borg e Guillermo Vilas no Ginásio do Ibirapuera, para a dois minutos do início do jogo o sueco doidão dizer que não ia competir. Mas a China se superou, desmentindo qualquer boato de lesão do Liu Xiang, ídolo nacional e favorito nos 110m com barreira. Forçaram até o chinesinho a ir para a pista, se preparar no bloco... para alguém queimar a largada e o Xiang sair da prova. Tudo muito, mas muito mal ensaiado.
Esse manja: Alguém conhece o Matthew Emmons? Bom, eu também não conhecia até essa manhã. Vasculhando o que de bom tinha acontecido na madrugada olímpica, vi que o cara tinha perdido o ouro da carabina de três posições porque simplesmente atirou como uma mocinha na sua última apresentação. Líder da prova até o último tiro, acabou dando uma de Bimba e ficou fora do pódio. Acontece que, em Atenas-2004, o cara tinha conseguido algo ainda mais tosco: novamente perto do ouro, acertou certinho no alvo. Mas no alvo errado. Sabe quando você brinca no boliche do happy hour de fazer strike na pista ao lado? O Emmons fez isso, mas na competição mais importante da vida dele.
Surrealismo hípico: Hoje foi em rede nacional. A Globo parou a transmissão do jogo do futebol feminino para mostrar a apresentação do Bernardo Alves no salto. Agora, o Brasil inteiro pôde comprovar que o tal do cavalo Chupa Chup tem medo de água, errando justamente no obstáculo de saltar a poça. Alguém me diz por que diabos levam um cavalo hidrofóbico pra competir em uma prova que sempre tem um obstáculo com água? Outro ponto alto foi o Rodrigo Pessoa, dizendo que ‘errou de propósito’ pro cavalo, o Rufus, ficar mais confiante. Aham, e eu sou o Bozo.
Belezura: Não escondo de ninguém que gosto um tanto da Cristiane, e até acho a camisa 11 do Brasil bem bonitinha. O mesmo não se pode dizer da Eriko Arakawa, atacante da seleção japonesa também do futebol feminino. E aí, vai encarar?
3 comentários:
Essa da vara da Fabiana foi foda mesmo. Humpf.
O Brasil é o Botafogo da Olimpíada, não é possível... Malditos chineses!
ridícula a história da fabiana. alguma providência precisa ser tomada, é uma olimpíada, ora essa!
e bonitinho era o ricardinho, mas já que ele não é mais da equipe tenho que me conformar com o giba ou o cielo. vida dura essa de torcedora.
beijo
Morri com o "cavalo hidrofóbico".
Muito.
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