O estresse aumenta à medida que o fim das Olimpíadas se aproxima.
Resta saber o que termina antes: a minha paciência ou os Jogos de Pequim.
Não sei, ainda não sei. Amanhã eu respondo.
Rapidinhas olímpicas, apenas por obrigação:
Corujinha: Começou no bar, depois da aula. Estava pagando a conta quando a Natália Falavigna disputou sua primeira luta. Comecei a discorrer com uns amigos da sala sobre o quanto a Natália era educada, simpática, tinha um sorriso legal, era linda e... tinha o mesmo tamanho que eu. O cara que bebia sozinho no balcão, olhou para mim e deu um sorrisinho, do tipo “putz, ela é baixinha”. Fingi que não vi.
Coruja: Continuou em casa, na madrugada. A Natália pisou no tatame lá pelas 4 da manhã e eu fiquei acordado para ver a minha ídolo olímpico ganhar mais uma vez e entrar na disputa de uma medalha. Acho que não tenho lá uma personalidade muito forte: basta eu entrevistar um atleta simpático para que eu comece a torcer por ele.
Corujão: O dia estava clareando lá fora quando a Natália foi lutar nas semifinais contra uma nipo-nórdica (na verdade, sul-coreana que defendia a Noruega). Empate nos três rounds normais, na prorrogação... e aí os árbitros decidiram pela vitória da adversária, que foi mais ofensiva durante o combate. Todo mundo já esperava isso, uma vez que a brasileira apenas lutava no contra-ataque... menos o comentarista da Globo, que dizia que a Natália tinha sido superior o combate inteiro. Fui dormir. Chateado, mas fui dormir. E nem vi a luta em que a Natália ganhou o bronze.Desamarelada Virada: E não é que a seleção feminina de vôlei cravou a medalha de ouro? Depois de protagonizarem a maior amarelada brasileira da história em Atenas-2004 (perdeu oito match points na semifinal contra a Rússia), as meninas do Zé Roberto fizeram bonito e ganharam bem dos Estados Unidos. Um time que aprendeu a desamarelar. E que provou a importância de um trabalho psicológico com atletas brasileiros (com jornalistas esportivos também seria interessante esse trabalho em um momento como este).
Comentários: Levantadora da equipe de 2004, a Fernanda Venturini saiu de Atenas dizendo “Se quem estava virando as bolas no jogo não conseguiu definir, que culpa eu tenho?” e “Talvez se eu tivesse seguido minha intuição e virado uma bola de segunda, a história tivesse sido outra”. Hoje, depois do ouro, a Fernanda recebeu em seu blog uma série de comentários, ahn, nada amistosos. Dentre eles, o mais engraçado é o “Vai lavar roupa, sua cara de trouxa”. Haha.
Espírito olímpico: Você treina a sua vida inteira. Passa quatro anos enclausurado com apenas uma idéia fixa em mente: conseguir uma medalha olímpica. Vence as duas primeiras lutas, acaba perdendo uma e vai lá disputar o bronze. Leva vantagem e fica a 7s da vitória, quando resolve dar uma catimbada para esfriar o clima. Aí vacila, não vê o tempo do atendimento médico terminar e é declarado perdedor. Perde a luta. Perde a medalha. Perde a viagem para o outro lado do mundo. Perde tudo, inclusive a cabeça. Foi o que aconteceu com o taekwondista cubano Angel Matos. Não que isso justifique a cagada que ele fez hoje, mas... sei lá, vai entender...
sábado, 23 de agosto de 2008
Rapidinhas olímpicas (Quase)
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3 comentários:
Ah, nem vem! Fiz até um post intitulado "Natália, minha musa de bronze" e não divido ela com ninguém! :-D
Linda, linda... e tem 24 aninhos. Pena que eu não tenho credencial e não pude estar no IBC quando ela visitou os estúdios da firma. Humpf.
meu time perdeu, mas pelo menos acabou-se pequim 2008. finalmente.
Nossa, não venho aqui há um milênio.
Já comentei que você anda meio paranóico com essa coisa de esportes?
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