Por causa da história sem fim que é uma abertura olímpica, no entanto, acordei a tempo de ver alguns discursos e as entradas de algumas delegações no Ninho de Pássaro. Mesmo depois de pegar um trânsito enorme no caminho do trabalho, cheguei à redação e ainda vi mais boa parte do cerimonial.
Também vi a tocha ser acesa e notar que acertei parcialmente meu palpite sobre a modalidade que praticava quem acenderia a pira olímpica: foi um ginasta. Mas ele não deu um duplo twist carpado e se escafedeu na mega-tocha. O Liminha (Li Ning, em chinês) decolou (com a ajuda de cabos de aço), deu um rolê pelo estádio, acendeu o pavio e pimba, estavam abertos os Jogos Olímpicos de Pequim-2008 (e... tá, vai; confesso que foi tão bonito como Atlanta-1996).
Mas não foi só a Olimpíada chinesa que começou. Com ela, a cacetada de competições, de assuntos e todo o resto também tiveram início. E meu sono e a minha criatividade tomaram caminho inverso. Ainda assim, as rapidinhas olímpicas ganham novo capítulo, com um apanhado dos dias 1, 2 e 3 dos Jogos. Vamos a elas:
Rapidinhas olímpicas
Queridinho da Globosat: Qualquer pessoa que acompanha o esporte um pouco mais de perto sabe que o Thiago Pereira é um nadador e tanto, mas... só isso. Não, ele nunca vai ganhar do Michael Phelps e nem vai abocanhar vários ouros em Pequim. E o César Cielo tem muito mais chances de pódio. Mas enfim... nada disso impediu o Milton Leite de anunciar o ‘duelo do século’ entre Phelps e Thiago na prova dos 400m medley. O resultado? Ah, o norte-americano tipo quebrou o recorde mundial dele mesmo em quase 2s, e o Thiago... bom, ele foi o oitavo dos oito competidores na final, a 2s do sétimo colocado (e a quase 12 do Phelps).
Miss Simpatia: Fui ao embarque para Pequim da Natália Falavigna, campeã mundial de taekwondo, no sábado. Estava esperando por uma mulher de sei lá, uns 1,80m que se abaixaria para conversar comigo e dar respostas atravessadas, mas me enganei. Fui recebido com beijinho no rosto e abracinho por uma linda atleta da minha altura, com um sorriso bem bonito e extremamente simpática. Ah, a Natália...
Flavia!?: A falta do que fazer me proporciona algumas idéias idiotas – como a de entrevistar pessoas na fila do check-in do vôo AC91 para Toronto (o mesmo da Natália). Bati um papo bem engraçado com uns palmeirenses que diziam conhecer sim a tal da taekwondista. “Sim, conheço a Flavia Falavigna sim”, me disse um deles..
Falta de jeito: Lá em Guarulhos também tinha uma outra mulher vestindo o uniforme de atleta brasileira – alguém que eu nunca tinha visto antes . Como já estava por lá, achei melhor não perder viagem e fui falar com a possível atleta. Mas... putz, como ia me identificar? Ia dar um belo dum migué e entrevistá-la sem saber nem quem ela era? Humm... achei melhor não, e fui sincero. “Oi, eh... qual o seu nome? Ah, Tânia Spindler? E... você compete em quê? Marcha atlética, ah, legal. Bom... desculpa, eu sou da Gazeta e deveria te conhecer, desculpa”. Mas a Tânia foi bem legal, e nem se importou com a minha falta de jeito. “Tem que perguntar mesmo, poxa. Agora você sabe que eu sou, não é mesmo? Agora já pode acompanhar a prova e torcer por mim”. Pode deixar.
Amarelada: A primeira grande
Berreiro: Acordei no domingo e a primeira coisa que vi ao ligar a tevê foi a Jade Barbosa chorando. Chorou porque tinha errado o exercício e caído da trave. Depois ela se recuperou, conseguiu a classificação para a final do individual geral... e chorou de novo. Será que batem nela no intervalo das provas?
Baixo calão: Narrações do Silvio Luiz são impagáveis, e eu sei disso desde os meus quatro anos. Os bordões “jogou no pagode da área”, “olho no lan-ceeeee”, “ééééééééé (em vez de Goooooool)”, “foi foi foi foi foi foi eeeeleee”, “o craque da camisa número nove”, “eram jogados redondos...”, “confira comigo no replay”, “fungada no cangote” e “no paaaaaaaaau” são apenas alguns detalhes de uma transmissão engraçada. O que dirá, então, de um jogo de handebol feminino? Eu bem que achava que viriam várias piadas envolvendo a goleira brasileira, a Chana, mas não. O mito do jornalismo esportivo conseguiu passar um bom tempo da transmissão falando de uma atleta húngara, a Szamoransky (cujo primeiro nome é Piroska). E depois ficou imitando um francês falando o nome da Jade Barbosa: “Jadêi, jadêi, jadêi”.
Já deu, né?: Sou a favor de algumas piadinhas ou sacadas de humor em algumas notícias que permitem tais gracinhas, mas... é bom dosar, né? Um de nossos concorrentes não acha. Vi uma notícia do João Derly com o título 'Beijing, Beijing, tchau, tchau'. Engraçadinho até, boa tirada. Mas pouco depois vi que o site pegou pesado: outras notícias tinham a mesma piada, e até à capa a sátira se estendeu. Sabe ouvir a mesma piada várias vezes? Então...
2 comentários:
cara, eu vi esse jogo de handebol, foi IMPAGÁVEL. eu adoro o silvio luiz, ele é qualquer coisa menos um narrador, mas imagina que chato seria ouvir uma narração "profissional" de um esporte como handebol?
tomara que transmitam arco e flecha, badminton e baseball com ele.
O Brasil tá uma porcaria né?
tenso.
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