sábado, 15 de março de 2008

Teste surpresa

Perder documentos é fácil, mas culmina em dias de uma burocracia do tamanho de dois bondes juntos nos dias seguintes.

Depois de ter a minha carteira cruelmente, terrivelmente, maquiavelicamente e exageradamente furtada na última quarta-feira, fiz o Boletim Eletrônico de Ocorrência (BEO), sem ter que sair de casa, e tive o pedido negado.

A policial em questão pediu para que eu entrasse em contato para prestar mais informações sobre o acontecimento (se ela tivesse clicado aqui saberia tudo o que era necessário para o preenchimento do boletim). Mas como não sou de divulgar este humilde blog por aí, preferi retornar a ligação. E expliquei tudo tintim por tintim.

Bocudo que sou, acabei explicando ainda mais. “Ah, mais uma coisa, senhora policial. Roubaram também o meu RG, mas era a primeira via, que eu tinha tirado há uns dez anos. Fiz uma nova este ano, mas ainda não retirei no Poupatempo”. Ela anotou as informações e logo em seguida disse que iria aprovar o BEO.

Ao chegar no trabalho, no entanto, recebo uma cópia do boletim no meu e-mail pessoal e qual não foi a minha surpresa ao ver na última linha o esclarecimento: “E consta também que o RG expedido em 11 de fevereiro de 2008 fica bloqueado irreversivelmente”.

Soltei um riso meio desesperado ao ler isso. Justamente o RG que ainda nem tinha vindo oficialmente ao mundo estava bloqueado. O Mané, então, rapidamente se prontificou em comentar um “Que fase, hein?”. Que fase!

Mas toda crise que se preza tem ascensão, apogeu e queda. E hoje, quando a fase conturbada já se encaminhava para uma dissolução, essa história toda acabou me rendeu um acontecimento engraçadinho nesta noite fria de sábado.

Ao me lembrar de que tinha esquecido de citar o cartão de senhas de acesso do banco no BEO, fui intimado pela minha mãe a ligar o mais rápido possível do Atendimento ao Cliente do meu banco e bloquear o cartão.

Depois de dois atendentes brincarem de pingue-pongue comigo e me transferirem algumas vezes, fui atendido pela Daniela, uma moça bem simpática e prestativa. Para ter a certeza de que estava falando com o titular da conta, fez um teste: “Você tem todos os seus documentos em mãos? Vou fazer algumas perguntas pra poder confirmar o seu cadastro, vamos lá?”.

Menti ao dizer que tinha os documentos em mãos e engoli seco. “Talvez ela vá perguntar o número do meu CPF e ultimamente eu tenho esquecido. Bom, vamos lá!”, arrisquei. Acabei percebendo que seria sacanagem usar a consulta no meu cartão assim que o teste feito pela atendente Daniela começou.

“Vamos lá, Felipe. Em que dia você nasceu? Quantos anos você tem atualmente? Qual o nome da sua mãe? E do seu pai?”. E deve ter sido com um sorriso no rosto orgulho que ela disse que eu tinha passado no teste com louvor e média 10.

Orgulho! Agora só faltam mais dez matérias na faculdade pra encerrar o ano...

4 comentários:

Anônimo disse...

Quero ver se você vai resistir e pegar leve após o 4 a 1 de agora há pouco, hehehe...

:(

Infelizmente, acertei o palpite na mosca. E, infelizmente também, vou acertar o palpite para o título: vocês serão campeões.

Anônimo disse...

Estou tão atordoado com a goleada que até esqueci de assinar o comentário, hehehehe...

Ainda bem que tô de folga amanhã! ;)

Lui disse...

Só de ler seu relato já fiquei cansada, hahaha...

E você sabe o que vai me ajudar a encerrar o ano na faculdade, né? Meu lindo caderno, é claaaaaro!

(e foi bem observado, a pauta é muito thiagobronzatiana)

Beijos!

Anônimo disse...

E o post do domingo sensacional e inesquecível?

Zidane e goleada.

Que orgulho!

;*