quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Nada é perfeito, o retorno

Fui há algumas semanas a um Palmeiras x Vasco no estádio. Aquela coisa: Shrek virou para mim, perguntou se eu ia fazer alguma coisa à noite, eu disse que não e decidimos ir ao jogo. Simples assim, não fosse o puta frio que quase me congelou na arquibancada. Mesmo assim, meu time venceu por 3 a 0, passou para as oitavas-de-final e combinamos de voltar para a partida contra o Sport Áncash, um clube do Peru.

Duas semanas se passaram até que, na terça-feira, lancei para o Shrek: “Amanhã tá de pé, né?”. Ele confirmou, assim como mais três amigos: Allan, Tomiate e Luquinhas. Desta vez, eu estava sem disposição alguma para sair correndo do estádio à meia-noite a tempo de ir para o metrô. Fui à tarde para o trabalho de carro, e pronto. Seria minha primeira ida ao estádio no volante.

No finalzinho do expediente, troquei alguns e-mails com a Pri e disse que não iria para a faculdade à noite. “Você vai pro jogo debaixo de chuva? Que disposição!”, ela me disse. Espiei pela janela da redação, virei para o lado e perguntei se estava chovendo. Antes que me respondessem, um trovão ecoou pela Paulista. Estava respondido.

Antes de ir embora, recebi um convite aparentemente irrecusável para tomar um café. Relutei, quis aceitar, quase aceitei... mas me lembrei do compromisso firmado semanas antes e fui obrigado a recusar. Tudo bem, vai; outros cafés virão.

No caminho até o estacionamento, olhei para meu tênis já molhado com a chuva forte que caía e me lembrei de um outro jogo em que tinha ido. Também quarta-feira, também à noite, também com o Shrek... e eu estava vestindo também o mesmo tênis, a mesma calça... “Hunf”, foi o que eu consegui pensar sobre as terríveis lembranças daquela partida (relatadas neste espaço).

Enfim. Nem peguei tanto trânsito assim e tudo deu bem certo (apesar de uma perdidinha aqui e outra ali no caminho) até deixar o carro no West Plaza. Entramos no estádio (embora tenhamos nos tornado personae non gratae no Palestra), encontramos Tomi, Allan e Luquinhas na arquibancada... e tudo parecia estar maravilha.

Um cara da arquibancada, então, resolveu arremessar pacotinhos de amendoim doce para o resto da torcida. Estranho. Um envelope caiu na minha mão, seria a janta perfeita. “Nunca aceite nada de estranhos”, disse uma voz na minha cabeça. Claro que não ouvi e comi os poucos amendoins por lá. Deu uma azia, mas pelo menos não acordei em uma banheira de gelo e sem um rim, como pensei que poderia acontecer.

Até que... até que a chuva chegou. Uma puta chuva. Uma chuva infernal. E eu, apenas com uma camiseta de manga curta... fazia tempo que não passava tanto, mas tanto frio assim. Nem tinha uma capa para me proteger, fiquei ligeiramente ensopado. E o jogo, bom... o jogo estava horrível.

Molhado, com frio e puto com o jogo, pelo menos ainda pude ver o Palmeiras marcar o gol da vitória aos 44 minutos do segundo tempo, sacramentar um gelado 1 a 0 e se classificar para as quartas-de-final. Mas eu ainda estava molhado, com frio... bom, eu estava muito molhado mesmo.

Tirando o fato de todos os vidros do carro ficarem com frescura de embaçarem e só aceitarem voltar ao normal com o ar-condicionado (o que aumentava meu frio em escalas gigantescas e diminuía a potência do motor 1.0 pela metade), tudo certo. Pelo menos não fui assaltado, como naquele 12 de março. Até que cheguei em casa, tomei um banho quente delicioso... e deitei na minha cama.

Mas... humpf, deveria ter ido tomar café.

4 comentários:

Anônimo disse...

Qualquer coisa, principalmente um café irrecusável, é melhor do que qualquer jogo dessa Copa Sul-Americana. Com chuva, então...

;)

Aliás, o único jeito de vocês perderem o título brasileiro é se começarem a levar tão a sério o torneio continental. Na Sul-Americana, eu quero mais é que o Palmeiras chegue à final, hehehe!

Aline disse...

Com certeza deveria ter ido tomar uma xícara de café ;)

Amanda disse...

Café, com certeza! rs

paula r. disse...

já te disse isso mas vou repetir: eu te disse!!