Um dos posts mais non-senses já escrito por aqui dizia respeito à mudança do horário de verão para o horário convencional. Besteiras à parte, sinto inveja quando releio meu relato sobre o ‘dia das 25 horas’ e percebo como eu estava com idéias de sobra para escrever bobagens – ainda mais em uma época de vacas magérrimas deste blog.
Mesmo assim, faço um parto forçado para relatar uma singela experiência sobre o outro solstício artificial criado pela estranha humanidade – aquele do dia mais curto do ano, quando adiantamos nossos relógios em uma hora para, teoricamente, gastarmos menos energia elétrica.
Era noite de sábado, eu tinha saído da redação, peguei o carro no estacionamento. Dirigir alguns quarteirões e fui até a Bela Cintra, onde teria o aniversário de uma grande, grande amiga. Eu, tolo, imaginei que encontraria vagas a torto e a direito nas alamedas do Jardins próximas à Paulista e perto do bar, mas sequer pensei que seria impossível encontrar um espaçozinho sequer para o meu singelo bólido.
Rodei várias vezes por vários quarteirões em busca de uma vaga, mas nada. Acabei me rendendo a um estacionamento Estapar na Haddock Lobo, a uma quadra do bar ao qual eu iria. E, acostumado ao Estapar 24 horas ao lado do trabalho, apenas entreguei a chave ao manobrista e peguei o comprovante. Até que ele me avisou.
- Senhor, fechamos às 3 horas, ok?
- Humm, acho que não vou ficar tanto tempo assim no bar, mas... ih, me explica. Vocês fecham às 3 horas do horário de hoje ou às 3 horas de amanhã?
- Nós fechamos às 3 hora da manhã, senhor.
- Sim, sim. Mas em relação a que horário?
- Ao horário... como assim, senhor?
- É porque daqui uma hora vai entrar o horário de verão. E eu imagino que não vai ser muito legal eu chegar aqui às 3 horas do horário de hoje, que seriam 4 da manhã, e não ter mais carro pra voltar pra casa por causa do horário.
- Ih, agora eu já não sei.
- Bom, e eu menos.
- E agora?
- Você pode checar para mim?
O manobrista foi checar com o cara que parecia ser o gerente responsável pelo estacionamento. O cara, é claro, também não sabia. Disse apenas que o estacionamento funcionava de acordo com a cantina ao lado. “E...?”, eu tive vontade de perguntar.
Acabou que o segurança da cantina, bem informado, explicou que o horário de verão seria adotado pelos estabelecimentos comercias apenas na manhã de domingo. Ou seja, eu poderia ficar tranqüilo no bar até as 3h30 (de verão) que eu não correria risco algum de voltar a pé para casa.
Enfim. O horário de verão começou. Eu simplesmente adoro o horário de verão, aquela coisa de sair do trabalho às 19 horas e ainda ter um solzinho convidativo para uma cerveja e umas risadas.
O único problema do horário de verão é que o dia mais curto do ano se torna incrivelmente curto. E o tempo... humpf, o tempo voa.
3 comentários:
Eu tive problemas com o horário de verão :s
Acordei às 11 e tanto achando que ainda eram 10, fiz tudo correndo o dia todo hahaha
E é o dia mais curto do ano, é claro que o tempo voa!
eu amo horário de verão por conta de lembranças da infância [depois te conto]. mas hoje, como não tive aula, acordei às 11h28... e o tempo voa e, pior, urge.
Esse fim de semana foi irritantemente curto, humpf. Mas eu também gosto do horário de verão por causa do sol esticado, embora meu horário no trabalho não me permita aproveitá-lo tanto, hehehe.
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