Si no te
hubieras ido, qué harías?
Nunca havia entendido essa pergunta, feita por um filósofo
belga. Até um dia em que minha barba ficou maior e eu resolvi tomar um porre de
vinho.
Se eu não tivesse ido, o que eu faria?
Buscaria um trabalho de subalterno. Ganharia menos do que
ganho hoje, trabalharia mais do que trabalho hoje.
Sentiria mais saudade das pessoas de quem não sinto falta. Não
sentiria saudade da única pessoa de quem sinto falta.
Teria aprendido a cevar mate.
Seria mais nacionalista.
Compraria cigarros por menos.
Falaria melhor a R vibrante.
Viveria contigo por todo o tempo do mundo. A chama não se
apagaria como se apagou.
Mas eu tinha que voltar. Eu tinha. Eu sabia que tinha.
Voltei.
E agora me pergunto quando vou receber a contrapergunta.
Si te
hubieras ido, que harías?
Estaria bêbado, às 5 da manhã, ouvindo a música que ouvi na
festa quando te disse que te amava. Lembrando de você e me perguntando por que
você se foi.
Che, por que me
dejaste ir?
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