sábado, 28 de julho de 2012

Foi tão efêmero


Houve um momento em que percebi que iria guardar você para sempre na minha vida, e talvez você nem tenha se dado conta de quando isso aconteceu – porque não foi na primeira vez que te disse que te queria e nem quando admiti (para mim mesmo) que te amava.

Foi depois de tudo isso, pra te falar a verdade. Alguns dias depois.

Aconteceu em um domingo, depois que você teve que voltar para casa. Fingi que fui para o ponto de ônibus, mas na verdade acabei parando logo que passei pela porta do shopping do lado da tua casa, sentei em um cantinho e me rendi. É, foi ali.

Ali eu sabia que você já estava marcada para sempre na minha vida, e que nunca mais eu conseguiria lidar com a possibilidade de um dia você não estar mais. E ali eu chorei, sem parar, por quase uma hora. Talvez antevendo que um dia seria preciso conviver sem você.

Chorei pelo eu de hoje, que, de algum jeito, avisava ao eu daquele dia o que ele estava fazendo. Chorei pelo que os felizes e radiantes eus daqueles dois anos em diante fariam ao eu cético de hoje, que acha que tudo foi tão efêmero e que teme nunca mais te ver de novo.

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