Antes era assim: eu não parava de acompanhar os e-mails para ter novidades e dar um sorrisinho quando notava alguma mensagem não-lida. Quando notava algum progresso, então, ria sozinho.
Houve um tempo em que tudo estava... bem ruim, para falar a verdade. Mas eu seguia sonhando, algo em mim dizia para acreditar. Achava sempre que seria possível dar um passo aqui, outro lá, fazer um progresso acolá. Tanta esperança deu certo. Muito certo, de uma hora para outra.
Foi nessa época em que minha caixa de entradas ficava aberta 24 horas por dia. Quando ela persistia em ficar lá, parada, eu insistia. A tecla do F5 do meu teclado quase se apagou, de tanto suor vazava dos poros da falange do indicador. E pensar que tudo começou de uma maneira despretensiosa...
Dizem que é impossível ser perfeito, e foi da maneira mais cruel que essa máxima se fez real para mim. Quando o melhor momento estava a uma distância ínfima de mim, a apenas um degrau, tudo desandou.
Não sei lidar com momentos de aperto. Meu instinto, errado eu sei, é abandonar. Deixar de lado, bloquear dos meus pensamentos. Assim o fiz, tentava não me culpar por ter apostado errado em certos momentos.
Só que da fase mais turbulenta surge um insignificante sinal de esperança. Alguma novidade, algum e-mail animador para os últimos instantes. Só que... talvez seja muito tarde. É o erro de se confiar cegamente onde sempre houve uma ponta de desconfiança e notar que não há de onde resgatar alguma força para reagir. Não depois de tanta energia gasta no princípio.
Conformar-se? Talvez seja essa a saída. Tentar não viver o verso seguinte ao da febre, da hemoptise, da dispnéia e dos suores noturnos. Não pensar naquilo tudo que poderia ter sido e não foi. Mas é difícil, quando se faz planos. Tantos planos.
O que sobra? Uma ironia.
Obrigado a todos aqueles de camisa amarela que conseguiram estragar minha chance de ganhar 50 pontos, assumir a liderança de um bolão que pagaria R$ 4 mil ao vencedor entre 200 competidores e me derrubar para o quarto lugar. A uma posição da zona de premiação financeira, o que já me renderia uma bolada de uns R$ 600.
E olha que não estou nem falando da decepção de quatro anos...
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