É sempre bem interessante estar no seu canto e perceber que ao seu lado está uma pessoa que pode dar declarações e contar histórias bastante ricas para o seu ‘grandioso’ trabalho de conclusão de curso (cujo prazo de entrega está tão próximo quanto a relação África do Sul – Vanucci). Você está apenas tomando um chope escuro quando percebe que está a dois palmos de um grande empresário, com quem você descartou tentar contato, justamente por ser... um grande empresário sempre atarefado.
Pois bem. Era segunda-feira eu estava nesta situação, enquanto esperava ansiosamente por um papo com o Thomaz Koch e vi ao meu lado um homem do meu tamanho (vulgo baixinho), bem calvo e com o mesmo rosto que sorria para mim em um livro: Luís Felipe Tavares, ex-tenista e presidente da Koch Tavares (empresa que não tem nada a ver com o Koch, apesar do nome).
O evento estava superando – e muito – as expectativas, com a presença do Guga – perdi a entrevista que tinha feito com ele no começo do ano porque a besta aqui esqueceu de transferir o e-mail da conta do antigo trabalho, hoje já apagada. E poder falar com o Tavares... seria um lucro e tanto para aquela noite de segunda-feira.
Como bom empresário, o Tavares não saía do lado de várias pessoas. Conversava, ora sério, ora brincalhão, com muitas pessoas. Todos que passavam por ele faziam questão de cumprimentá-lo e puxar algum assunto. E eu esperava. Fiquei quase uma hora nessa delonga quando ele se aprontou para ir embora. Era a minha chance.
Abordei o homem, chamei-o pelo nome. Ele olhou para mim e lhe contei resumidamente sobre o que eu queria (resumir é algo em que tenho grandes problemas) e esperei a reposta dele. Achei que ele não tinha me entendido bem, ficou um tempo olhando. Então, surpreendentemente, disse: “Maravilha, garoto! Me liga amanhã, eu posso te receber em meu escritório um dia desses e a gente conversa”.
Aí foi a minha vez de ficar perplexo. Ora, eu sempre ouvi todo mundo dizer que o Ipe Tavares era um cara extremamente ocupado e dificílimo de se entrevistar. Mas se a chance caía no meu colo... por que não aproveitar, certo? Hum... quase.
Então ele tirou do bolso a carteira para me dar um cartão de visitas. Revirou toda a carteira e não encontrou. Pegou várias vezes os cartões de vários bancos. Fiz até uma piadinha falando que aquela ajuda poderia enriquecer muito o meu trabalho (ele não riu). Aí encontrou um – o último – cartãozinho e me deu. Agradeci, me despedi dele e voltei ao salão para esperar o Thomaz Koch.
Aí eu resolvi olhar o cartão do Luís Felipe Tavares. Estava escrito o nome de um outro homem, presidente de uma das maiores construtoras do Brasil. Mais uma vez, assim como fiz meses atrás com Pepe – Egídio Marques de Mesquita –, confundi as pessoas. Mula!
E olha que isso não foi o pior. Na tentativa de falar com o empresário errado, perdi a chance de entrevistar o Flavio Saretta e tocar uma pauta bem interessante que eu estava pensando, com chances de conseguir um furo até que interessante. Na hora não me importei. Só no dia seguinte, quando ele foi anunciado como técnico das categorias de base do tênis do Palmeiras, eu percebi a cagada dupla.
Ao menos acertei o Koch, que me desejou sorte nessa reta final de TCC. Ele não sabe, mas... como eu vou precisar!
Um comentário:
roberto vanucci não é o fernando vanucci?
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